XXII Domingo do Tempo Comum
Na casa de um mestre da lei, Jesus fala de um banquete onde muitos querem ocupar os primeiros lugares e diz que sempre se deve escolher os últimos lugares para que o próprio dono da casa o exalte e o convite a chegar mais perto. Há um oitavo pecado capital que às vezes não ouvimos falar nele, que se chama soberba, origem de todos os outros pecados capitais. Existe uma filáucia (amor por si mesmo) virtuosa porque é impossível amar o outro sem amar a si mesmo, mas ela deve vir da fonte e origem do amor que é Deus.
Existe também a filáucia viciosa, que gera um amor somente por nós. Às vezes está instalada de maneira tão desordenada no coração do homem que ele nem percebe. A primeira forma de filáucia viciosa é a soberba, pois vivemos em uma sociedade onde é preciso aparecer, ser importante, contar as curtidas nas redes sociais. Esse amor orgulhoso exige o remédio da humildade, que pode ser uma grande joia e também uma bijuteria barata, pois podemos ter um conceito errado achando que é humilde quem anda de cabeça baixa ou veste roupas simples. Não podemos confundir humildade com desmazelo, descuidado. A humildade não é para que os outros vejam, mas é para Deus. É Ele que deve ver o nosso coração. Nosso exemplo de humildade é Jesus, que fez o grande esvaziamento de si, que sendo tão grande se fez pequeno. Jesus nos ensina e ao mesmo tempo nos convida. “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. A segunda coisa que Jesus trabalha no evangelho é a caridade, propondo que se convide quem não pode retribuir. Temos dificuldade para ir ao outro na sua inutilidade. Temos um amor-troca. Não merecemos coisa alguma, mas Deus nos dá o banquete do céu, a morada eterna sem esperar nada em troca. Às vezes ajudamos uma pessoa e quando estamos em momento difícil, de crise, dizemos: “Puxa, te amei tanto, fiz tanto por você, e você nem ligou”. Tem gente também que faz reserva de domínio, cobra, reclama, até vai embora. Na verdade o amor não cobra, não pede retribuição. Precisamos moldar nosso coração ao coração de Jesus. Hoje Ele nos convida a vencer a soberba e a falta de caridade.
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