Memoria de São Maximiliano Maria Kolbe
A Igreja celebra hoje a memória de São Maximiliano Maria Kolbe, frade franciscano que soube propagar pelo mundo inteiro a devoção à Imaculada, vencedora de todas as heresias. Nascido
Raimundo Kolbe, aos 8 de janeiro de 1894, na Polônia, ainda jovem teve uma aparição de Nossa Senhora, que lhe apresentou duas coroas de flores: uma branca, símbolo da pureza e da castidade, e outra vermelha, referência clara ao martírio. Interrogado pela Virgem sobre qual das duas ele preferia, Maximiliano, com a ousadia das almas santas, arrancou as duas das mãos daquela Senhora, professando seu amor à virgindade e à fidelidade irrestrita a Cristo.
Aos 16 anos o jovem foi admitido no noviciado, escolhendo o nome de Maximiliano, em honra de um grande mártir africano. No ano seguinte, pronunciou os votos simples. Por sua inteligência privilegiada, os superiores decidiram mandá-lo para Roma, a fim de continuar os estudos no Colégio Seráfico Internacional, dos franciscanos, e em seguida cursar filosofia na famosa universidade Gregoriana. Ouvindo falar das dificuldades que havia para se manter a pureza na Cidade Eterna, o jovem frade pediu para não ir. Mas, em nome da santa obediência, seguiu para o lugar onde, além de completar os estudos, fez sua profissão solene a 1 de novembro de 1914, acrescentando ao seu nome religioso o de Maria, a Virgem Imaculada. Em Roma, São Maximiliano se sentiu incomodado com a insolência com que os inimigos da Igreja a atacavam, sem a devida reação dos católicos. Ele resolveu então entrar na luta antes mesmo de receber a ordenação presbiteral. Reunindo em torno de si seis outros seguidores, fundou em 1917 a associação apostólica Milícia de Maria Imaculada, cujos estatutos começavam por declarar seus
objetivos: a conversão dos pecadores, inclusive dos inimigos da Igreja, e a santificação de todos os membros, sob a proteção de Maria Imaculada. Nela aceitou apenas jovens destemidos e verdadeiramente dispostos a acompanhá-lo nessa jornada, com o título de Cavaleiros de Vanguarda.
A sede de almas do jovem Maximiliano Kolbe ficou gravada nas atas de sua ordenação sacerdotal, que se deu em 28 de abril de 1918. Voltando à Polônia em 1919, ele esteve internado em um sanatório em função de sérios problemas de saúde. O que alimentava o dinamismo de sua obra apostólica era a sólida piedade vinculada por ele nos seus discípulos. Sua mola propulsora era o amor entusiasta e militante a Maria Imaculada, da qual ele se sentia, mais do que um escravo, uma simples propriedade. E na Eucaristia estava a fonte da fecundidade de seus empreendimentos: instituiu a Adoração Perpétua, e ele mesmo iniciava todos os seus trabalhos com um ato de Adoração ao Santíssimo Sacramento.
Uma vez feito padre e religioso, consagrado de corpo e alma ao serviço de Deus, São Maximiliano foi preso pelo exército nazista no campo de Auschwitz. Lá, dando o passo final de sua entrega ao Senhor, ofereceu-se para ser morto no lugar de um pai de família, cuja mulher e filhos o aguardavam fora da prisão. Encerrado com outros nove prisioneiros condenados à morte, Maximiliano os consolou com sua pregação e os últimos sacramentos. Como, porém, o santo resistisse à falta de comida, os nazistas, já impacientes, se viram forçados a matá-lo por injeção letal. São Maximiliano morreu, assim, como mártir da caridade e da família, oferecendo a Deus, Pai de toda paternidade, a própria vida no lugar de um irmão em Cristo.
No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas ouvia um Papa, também polonês, declarar mártir esse sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida, mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Que ele, intercedendo por nós do alto do céu, alcance-nos a graça de sermos fiéis soldados da Imaculada, sempre dispostos a lutar pela salvação do nosso próximo e pelo bem da família, tal como Deus a quis desde o princípio.
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