30 de Maio de 2021

9a Semana do Tempo Comum- Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO SANTÍSSIMA TRINDADE
(branco, glória, creio, prefacio próprio – ofício da solenidade)

 

Antífona da entrada

– Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho unigênito e bendito o Espírito Santo. Deus foi misericordioso para conosco.

 

Oração do dia

– Ó Deus, nosso Pai, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito santificador, revelastes o vosso inefável mistério. Fazei que professando a verdadeira fé, reconheçamos a glória da Trindade e adoremos a Unidade onipotente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Dt 4, 32-34.39-40

– Leitura do livro do Deuteronômio: Moisés falou ao povo, dizendo:
32“Interroga os tempos antigos que te precederam, desde o dia em que Deus criou o homem sobre a terra, e investiga, de um extremo ao outro dos céus, se houve jamais um acontecimento tão grande ou se ouviu algo semelhante. 33Existe, porventura, algum povo que tenha ouvido a voz de Deus falando-lhe do meio do fogo, como tu ouviste, e tenha permanecido vivo? 34Ou terá jamais algum Deus vindo escolher para si um povo entre as nações, por meio de provações, de sinais e prodígios, por meio de combates, com mão forte e braço estendido, e por meio de grandes terrores, como tudo o que por ti o Senhor vosso Deus fez no Egito, diante de teus próprios olhos? 39Reconhece, pois, hoje, e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima no céu e cá embaixo na terra, e que não há outro além dele. 40Guarda suas leis e seus mandamentos, que hoje te prescrevo, para que sejas feliz, tu e teus filhos depois de ti, e vivas longos dias sobre a terra que o Senhor teu Deus te vai dar para sempre”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 33, 4-5.6.9.18-19.20.22 (R: 12b)

 

– Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

 

Reta é a palavra do Senhor, e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

 

– A palavra do Senhor criou os céus, e o sopro de seus lábios, as estrelas. Ele falou e toda a terra foi criada, ele ordenou e as coisas todas existiram.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

 

– Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

 

– No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança.

 

2ª Leitura: Rm 8, 14-17

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos: 14Todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15De fato, vós não recebestes um espírito de escravos, para recairdes no medo, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos nós clamamos: Abá, ó Pai!  16O próprio Espírito se une ao nosso espírito para nos atestar que somos filhos de Deus. 17E, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se realmente sofremos com ele, é para sermos também glorificados com ele.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito divino, ao Deus que é que era e que vem, pelos séculos. Amém (Ap 1,8).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 28, 16-20

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 16os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. 18Então Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. 19Portanto, ide a todas as nações e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Joana d'Arc

- por Pe. Alexandre

Joana d’Arc nasceu na França no ano de 1412. Tinha 13 anos quando começou a ter experiências místicas, ouvindo as “vozes” de São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina, que lhe mandaram salvar a França.

No ano de 1429, Joana partiu para uma expedição com o propósito de salvar a cidade de Orleans, carregando uma bandeira com os nomes de Jesus e de Maria, além de uma imagem do Pai Eterno. Em maio de 1429, ela expulsou os ingleses de Orleans. Após as lutas, a cidade foi recuperada e Joana cumpriu o que lhe foi confiado, seguindo uma carreira cheia de triunfos militares.

Anos mais tarde, ela foi aprisionada pelos ingleses. Esses a fecharam numa jaula de ferro, na cidade de Ruão. Julgada por uma centena de prelados e teólogos que a consideraram mentirosa, exploradora do povo, blasfemadora de Deus, idólatra, invocadora de diabos e herege, eles decidiram queimá-la viva.

Presa em um poste, ela apertava uma cruz sobre o coração, desse modo, invocava o nome de Jesus Cristo e as suas “vozes”. O poste caiu nas chamas, mas, mesmo assim, a ouviram gritar seis vezes “Jesus”. Os ingleses lançaram as cinzas dela no rio Sena.

Sem derramar uma só gota de sangue, Santa Joana manteve-se sempre em oração. Com um exército de cinco mil soldados, até então sempre abatidos, a santa estabeleceu uma série de vitórias.

Em 1909, foi beatificada por São Pio X e, no ano de 1920, foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Santa Joana d’Arc, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

A todas as nações… (Mt 28,16-20)

 

No cenário de sua Ascensão, prestes a regressar ao Pai, Jesus Cristo “amarra” a missão da Igreja à vida trinitária: é “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” que a Igreja assumirá sua ação missionária, sua vida sacramental e seu ensinamento. E como Deus não é apenas o Deus de Israel, mas o Deus de todos, é para “todas as nações” que tal missão se orienta.

O primeiro passo da missão da Igreja consiste em pregar o Evangelho do Reino. Em notável e imprevista ampliação do horizonte missionário, este anúncio se dirige indistintamente a todas as nações que povoam a Terra. Bem no coração da Igreja, como se confirmará na luminosa manhã de Pentecostes, será demolido em definitivo o muro de separação entre judeus e pagãos. Doravante, o cioso título de filhos de Abraão estende-se a todos aqueles que possuem a fé. A promessa de salvação realizada em Jesus Cristo dirige-se agora, sem qualquer distinção, a todo aquele que crê. O desejo de Deus é que todos os homens sejam salvos.

Como observa o biblista Hébert Roux, “à pregação do Evangelho junta-se o sinal batismal que assinala a incorporação ao Corpo de Cristo. Pelo batismo, todas as nações são integradas ao benefício da graça do Deus vivo, Pai, Filho e Espírito Santo. A presença desta fórmula trinitária no final do Evangelho manifesta claramente a intenção de Mateus de situar todo o testemunho que ele empresta ao Evangelho de Jesus Cristo no quadro da pregação da Igreja Apostólica”.

Na assembleia dos fiéis, a palavra de Jesus Cristo, inspirada pelo Espírito Santo, impelirá cada fiel a dizer “Abbá”, chamando a Deus de Pai. Assim, não é apenas Jesus, o Filho, que estará “conosco todos os dias, até a consumação dos séculos”, mas toda a Trindade. O mesmo Deus da Criação e da Redenção é aquele que dota a Igreja para a missão e inspira seus passos na História dos homens, até o grande dia da vinda do Senhor.

Foi esta certeza que moveu os apóstolos, sustentou os mártires, animou os missionários de cada geração. Nossas fraquezas e limitações humanas são amplamente superadas com a ajuda da Graça divina. A mesma convicção irá permitir que a Igreja se mantenha viva também em nosso tempo, apesar de nossa fragilidade e da violência das tempestades.

 

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