28 de Junho de 2019
14ª semana comum Segunda-feira
- por Padre Alexandre Fernandes
SEGUNDA FEIRA – XIV SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – Ofício do dia)
Antífona da entrada
– Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, com o vosso nome, até os confins da terra; toda justiça se encontra em vossas mãos. (Sl 47,10)
Oração do dia
– Ó Deus,que pela humilhação do vosso Filho, reerguestes o Mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 28,10-22a
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 10Jacó saiu de Bersabeia e dirigiu-se a Harã. 11Chegando a certo lugar, quis passar ali a noite, pois o sol já se havia posto. Tomou uma das pedras do lugar, fez dela travesseiro e ali mesmo adormeceu. 12E viu em sonho uma escada apoiada no chão, com a outra ponta tocando o céu e os anjos de Deus subindo e descendo por ela.13No alto da escada estava o Senhor que lhe dizia: “Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em que dormes. 14A tua descendência será como o pó da terra, e te expandirás para o ocidente e o oriente, para o norte e para o sul. Em ti e em tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra. 15Estou contigo e te guardarei onde quer que vás, e te reconduzirei a esta terra. Nunca te abandonarei até cumprir o que te prometi”. 16Ao despertar, Jacó disse: “Sem dúvida, o Senhor está neste lugar e eu não sabia”. 17Cheio de pavor, disse: “Como é terrível este lugar! Isto aqui só pode ser a casa de Deus e a porta do céu”. 18Jacó levantou-se bem cedo, tomou a pedra de que tinha feito travesseiro e a pôs de pé para servir de coluna sagrada, derramando óleo sobre ela. 19E deu ao lugar o nome de “Betel”. Antes, porém, a cidade chamava-se Luza. 20Jacó fez um voto, dizendo: “Se Deus estiver comigo e me proteger nesta viagem, dando-me pão para comer e roupa para vestir, 21e se eu voltar são e salvo para a casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus. 22aE esta pedra que ergui como coluna sagrada, será uma ‘morada de Deus’”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 91,1-2.3-4.14-15ab (R: 2b)
– Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
– Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente, diz ao Senhor: “Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente”.
R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
– Do caçador e do seu laço ele te livra. Ele te salva da palavra que destrói. Com suas asas haverá de proteger-te, com seu escudo e suas armas, defender-te.
R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
– “Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo e protegê-lo, pois meu nome ele conhece. Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a seu lado eu estarei em suas dores”.
R: Vós sois meu Deus, no qual confio inteiramente.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,18-26
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– 18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá”. 19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra de seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Confiança, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante. 23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Eugênio
- por Padre Alexandre Fernandes
Santo Eugênio zelou pela salvação das almas com dedicação
Um dado importante é que de cada três Papas, praticamente, um foi oficialmente declarado santo. Assim aconteceu com Santo Eugênio, que se tornou para a Igreja o homem certo para o tempo devido. Eugênio III nasceu no fim do século XI, em Pisa na Itália e, depois de ordenado, consagrou-se a Deus como sacerdote, até que abandonou todas suas funções para viver como monge.
O grande reformador da vida monástica – São Bernardo – o acolheu a fim de ajudá-lo na busca da santidade, assim como no governo da Igreja, pois inesperadamente o simples monge foi eleito para sucessor na Cátedra de Pedro. A Roma da época sofria com a agitação de Arnaldo de Bréscia, que reclamava instituições municipais com eleições diretas dos senadores, talvez por isso chegou a impedir a ordenação e posse de Eugênio, já que tinha sido eleito pelo Espírito Santo numa instituição de origem divina.
O Papa Eugênio teve muitas dificuldades no governo da Igreja, tanto assim que, teve de sair várias vezes de Roma, mas providencialmente aproveitou para evangelizar em outras locais como Itália e França. Além de promover quatro Concílios e lutar pela restauração dos santos costumes, Santo Eugênio zelou pela salvação das almas, com tanta dedicação, que passou por inúmeros sofrimentos.
Santo Eugênio, rogai por nós!
FONTE: Canção Nova
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Não morreu, mas dorme… (Mt 9,18-26)
“A morte é a única barreira que não pode ser transposta”, observa Jean Valette [+1999], pastor e biblista da Igreja Reformada da França. Prossegue o mesmo Autor: “Até aqui, o poder de Jesus sempre derrubara as barreiras, mesmo aquelas da possessão, da loucura, da lepra, da paralisia, sem esquecer as mais temíveis: as barreiras da Lei e do pecado”. Satã se viu despojado de todos os seus bens.
Como um rio, Jesus revirou tudo o que se opunha à sua marcha salutar, para levar a vida por toda parte onde passava. E é ainda para levar a vida que ele avança para a casa de Jairo; e é tal o seu poder que, pelo caminho, ele cura uma mulher de improviso e sem ter tido a intenção. Seria impossível descrever com mais simplicidade o caráter irresistível e o poder superabundante desta caminhada.
A morte, cuja barreira Jesus pretendeu forçar, impõe-se a ele e seus companheiros desde a chegada a casa. O triunfo supremo da morte está em não apenas fazer-se aceitar, mas celebrar! Os prantos e gritos que enchem a morada atestam, como sempre, que a morte não é simplesmente um acontecimento, mas uma potência cruel que obriga a honrá-la aqueles que ela esmaga. E os risos que recebem Jesus são como um eco da própria risada da morte, mostrando como ela sabe fazer com que suas futuras vítimas saúdem sua vitória.
A este desafio que o recebe desde a soleira da porta, Jesus responde com a palavra dirigida a todos: ‘A menina não morreu, mas dorme’. Esta palavra não exprime apenas uma filosofia otimista ou serena a respeito da morte. Nem pretende que a morte seja um sono, com tudo o que esta palavra evoca de imagens pacíficas de repouso e de paz. É na perspectiva daquilo que irá fazer, e não do que é a morte, que a palavra de Jesus assume seu sentido. Não porque a morte fosse, em suma, apenas um sono. Jesus assim a define porque ele vai acordar a menina, para quem a morte não terá sido mais que um sono. O Senhor não apresenta nenhum ensinamento teórico sobre a morte e sua verdadeira natureza, mas nega o poder da morte ao afirmar o poder de Deus.
O incontestável poder que a morte acabara de manifestar é agora contestado, não em virtude da ideia que Jesus faz sobre ela, mas pela virtude do ato que irá abolir a morte. “Esta palavra nada nos ensina sobre a morte; ela nos assegura que Deus é também o Senhor desta potência.”
Em plena cultura de morte, somos chamados a celebrar a vida e, se necessário, dar a vida pela fé na ressurreição.
Orai sem cessar: “Senhor, vós mudastes meu luto em dança!” (Sl 30,12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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