28 de Fevereiro de 2022
8a Semana do Tempo Comum Segunda-feira
- por Pe. Alexandre
SEGUNDA FEIRA DA VIII SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19).
Oração do dia
– Fazei, ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram da paz que desejais e vossa Igreja vos possa servir alegre e tranquila. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 1Pd 1,3-9
– Leitura da primeira carta de são Pedro: 3Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, 4para uma herança incorruptível, que não estraga, que não se mancha nem murcha, e que é reservada para vós nos céus. 5Graças à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação que deve manifestar-se nos últimos tempos. 6Isto é motivo de alegria para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo aflitos, por causa de várias provações. 7Deste modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira — mais preciosa que o ouro perecível, que é provado no fogo — e alcançará louvor, honra e glória, no dia da manifestação de Jesus Cristo. 8Sem ter visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, 9pois obtereis aquilo em que acreditais: a vossa salvação.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 111, 1-2.5-6.9.10c (R: 5b)
– O Senhor se lembra sempre da Aliança!
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!
– Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos! Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!
– Ele dá o alimento aos que o temem e jamais esquecerá sua Aliança. Ao seu povo manifesta seu poder, dando a ele a herança das nações.
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!
– Enviou libertação para seu povo, confirmou sua Aliança para sempre. Seu nome é santo e é digno de respeito. Permaneça eternamente o seu louvor.
R: O Senhor se lembra sempre da Aliança!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Jesus Cristo, Senhor nosso, embora sendo rico, para nós se tornou pobre, a fim de enriquecer-nos mediante sua pobreza (2Cor 8,9)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 10,17-27
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele, e perguntou: “Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!” 20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor, e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me!” 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!” 24Os discípulos se admiravam com estas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso, e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santos Romão e Lupicino
- por Pe. Alexandre
São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.
Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.
Vivia dos trabalhos manuais, da oração e da leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.
Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.
O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.
Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Quem poderá salvar-se? (Mc 10,17-27)
Os discípulos se assustam diante do ensinamento de Jesus. Daí a pergunta cheia de inquietação. Nós também devíamos imitá-los. Afinal, camelos gordos que somos, dificilmente passaríamos pelo buraco da agulha. E Jesus nos garante: é impossível para os homens… Meditemos no que nos diz o teólogo e pastor Helmut Gollwitzer, profeta na resistência ao regime nazista:
“Do ponto de vista humano, a questão da vida eterna só poderia culminar em um fracasso, chocando-se ao muro deste ‘impossível’! O destino ou as condições desfavoráveis da existência humana nada têm a fazer com este fracasso: a impossibilidade em questão é ainda mais grave. A falência do homem provém da servidão onde o acorrenta seu próprio eu. Assim ele fecha para si mesmo o caminho da vida eterna.
Os discípulos tão bem compreenderam o final do diálogo entre Jesus e um jovem rico, que eles estão aterrorizados. E veem a si mesmos nesse impasse. Descobrindo a universalidade do julgamento de Jesus, eles percebem a que ponto ainda estão acorrentados às riquezas desta vida. Subitamente, o acesso ao Reino se revela para todos tão estreito quanto para os ricos dos quais Jesus nos fala nesta parábola. Então, ergue-se a pergunta inquieta dos discípulos: quem poderá ainda ser salvo? Pois a lei compreendida como um meio de salvação ou um potencial humano de graça sempre bate de frente contra esse ‘impossível’.
Mas resta ainda uma possibilidade maravilhosa. E Jesus a proclama abertamente. Não o faz mais sob a forma de uma lei, sempre suscetível de falsas interpretações, mas sob a forma do Evangelho: isto ‘é possível para Deus’. Tal é a realidade do Reino de Deus trazida por Jesus. É na sua vinda que o ‘impossível’ dos homens se torna o ‘possível divino’. O que a Lei não podia fazer, Deus o realizou ao enviar seu próprio Filho. Tendo o homem fracassado diante do mandamento, Deus retoma agora em mãos a obra da salvação. O sentido da Graça é agora esclarecido.”
Aí está: nossa salvação jamais será uma conquista. É puro dom. Pura Graça! Não temos nenhum recurso para arrombar as portas do céu a golpes de aríete. Que fazer, então? Basta aceitar com simplicidade e gratidão filial aquilo que o Pai nos oferece em seu Filho. Tudo é graça…
Ah! Ouço pregações pelagianas que conclamam ao esforço, à disciplina moralizante, à superação de más tendências, como se isto dependesse apenas de nosso voluntarismo! Faz-se silêncio sobre a ação interior do Espírito Santo em nós. E o espectro do “impossível” ronda nosso coração cada vez mais…
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