16 de Junho de 2021
11a Semana comum - Quarta-feira
- por Pe. Alexandre
QUARTA FEIRA – XI SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!
(Sl 26,7.9)
Oração do dia
– Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 2Cor 9,6-11
– Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 6“quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”. 7Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”. 8Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”. 10Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça. 11Assim, ficareis enriquecidos em tudo e podereis praticar toda espécie de liberalidade, que, através de nós, resultará em ação de graças a Deus.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 112,1-2.3-4.9 (R: 1a)
– Feliz aquele que respeita o Senhor!
R: Feliz aquele que respeita o Senhor!
– Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
R: Feliz aquele que respeita o Senhor!
– Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.
R: Feliz aquele que respeita o Senhor!
– Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.
R: Feliz aquele que respeita o Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23)
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 6,1-6.16-18
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa. 5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Francisco Régis
- por Pe. Alexandre
O santo de hoje nasceu no ano de 1597 numa aldeia francesa. Muito cedo ele recebeu a graça de ser despertado para o chamado a santidade. Quando Francisco foi estudar no colégio dos Jesuítas, formou um grupo de rapazes dispostos a viverem o Evangelho. Ao entrar para a Companhia de Jesus, que fazia um lindo trabalho missionário, conseguiu ser exemplar em todas as etapas de sua formação que desembocou no exercício do ministério sacerdotal. Como padre priorizou a assistência aos doentes atingidos por uma peste crescente e desejou evangelizar as terras da América, Índia – coisa que não aconteceu – já que foi enviado para uma região desassistida da França.
Francisco Régis buscava evangelizar as aldeias durante o inverno e, no verão as cidades, nesses lugares, colocava todo o seu zelo nos púlpitos, confessionários e nos atendimentos aos doentes. Aconteceu que, impelido pelo Espírito da Caridade, fez inúmeras obras sociais, visando as crianças abandonadas e os jovens, isso perdurou até completar 45 anos, quando pôde dizer: “Que felicidade poder morrer, pois vejo Jesus e Maria vindo ao meu encontro para me conduzir à terra dos eleitos”.
São Francisco Régis, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Quando deres esmola… (Mt 6,1-6.16-18)
A esmola está em baixa. Há quem diga que a esmola estimula a preguiça dos vagabundos. Outros afirmam que ela humilha o beneficiado. Naturalmente, é preciso ouvir a opinião dos que passam fome, eles podem discordar…
Curiosamente, os “Manuscritos” de Santa Teresinha de Lisieux registram experiências de esmola em sua infância. Aliás, quando saíam a passear pelas ruas, Mr. Martin, seu pai, dava-lhe previamente moedinhas para distribuir aos mendigos. “Um dia, vimos um que se arrastava penosamente sobre muletas. Aproximei-me e lhe dei um centavo (un sou); mas não se achando bastante pobre para receber a esmola, olhou-me sorrindo tristemente e recusou-se a tomar o que eu lhe oferecia. Não posso dizer o que se passou em meu coração. […] Embora tivesse apenas seis anos, disse para mim mesma: ‘Rezarei pelo meu pobre no dia da minha primeira comunhão’.” (Man. A, 52)
O fato de que a Pequena Teresa cumpriria sua promessa, seis anos depois, nos leva a aproximar a esmola da oração. Nosso compromisso com o próximo inclui as necessidades materiais e as espirituais. As comunidades monásticas, que vivem na clausura, são um admirável exemplo dessa caridade invisível.
Outra “esmola” mais aceitável em clima de Séc. XXI é o trabalho solidário realizado através das ONGs, de entidades de serviço como os “Médicos sem Fronteiras”, a Cruz Vermelha, missionários cristãos, pastoral carcerária e grupos semelhantes. De fato, dedicar ao próximo o próprio tempo, o próprio trabalho, incluindo riscos para a saúde e para a vida, é uma esmola que não merece críticas.
Vale lembrar que a palavra esmola vem do latim [eleemosyna], a partir de raízes gregas, onde o substantivo “elaion” [azeite] e o verbo “eleeô” [despertar compaixão por meio de palavras] estão situados no campo semântico de piedade, misericórdia. No ato penitencial, na missa em latim, a súplica “Kyrie, eleison” repete o gesto do mendigo que estende a mão vazia e espera por uma resposta de compaixão.
Em suma: diante de Deus, nós somos mendigos à espera de seu perdão e de sua cura. Iniciamos nossas celebrações recordando nossa miséria, nossa extrema indigência, esperando que ela toque o coração de Deus, remexa com suas entranhas. De fato, nos Evangelhos, quando Jesus se compadece, logo antes de fazer uma cura ou reanimar um morto, o verbo grego é “esplagnysthe”. Da mesma raiz – splen – em português formou-se o adjetivo esplênico, relativo ao “baço”, indicando o realismo visceral das emoções de Jesus.
Digamos, então, que a esmola é inseparável da capacidade de comover-se com a dor alheia, sentir um frio na barriga e… abrir as mãos…
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