16 de Abril de 2019

Semana Santa - Quinta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

TERÇA FEIRA – SEMANA SANTA

(Roxo pref. Paixão II, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Não me deixeis, Senhor, à mercê de meus adversários, pois contra mim se levantaram testemunhas falsas, mas volta-se contra eles a sua iniquidade 

(Sl 26,12).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da paixão do Senhor, que possamos alcançar vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 49,1-6

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção: o Senhor chamou-me antes de eu nascer, desde o ventre de minha mãe ele tinha na mente o meu nome; 2fez de minha palavra uma espada afiada, protegeu-me à sombra de sua mão e fez de mim uma flecha aguçada, escondida em sua aljava, 3e disse-me: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado”.  4E eu disse: “Trabalhei em vão, gastei minhas forças sem fruto, inutilmente; entretanto o Senhor me fará justiça e o meu Deus dará recompensa”. 5E agora me diz o Senhor – ele que me preparou desde o nascimento para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. 6Disse ele: “Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para que minha salvação chegue até aos confins da terra”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 71,1-2.3-4a.5-6ab.15.17 (R: 15)

 

– Minha boca anunciará vossa justiça.
R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: que eu não seja envergonhado para sempre! Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! Escutai a minha voz, vinde salvar-me!

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, em vós confio desde a minha juventude! Sois meu apoio desde antes que eu nascesse. Desde o seio maternal, o meu amparo.

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

– Minha boca anunciará todos os dias vossa justiça e vossas graças incontáveis. Vós me ensinastes desde a minha juventude, e até hoje canto as vossas maravilhas.

R: Minha boca anunciará vossa justiça.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 13,21-33.36-38

 

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

 

– Salve, ó rei, obediente ao Pai, vós fostes levado para ser crucificado, como um manso cordeiro é conduzido à matança.

 

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”. 22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando. 23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?” 26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”. 28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: ‘Compra o que precisamos para a festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite. 31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. 36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São Benedito José Labre

- por Padre Alexandre Fernandes

O santo de hoje enriqueceu a Igreja com sua pobreza. Nasceu na França, em 1748. Despertado muito cedo pela graça divina a uma entrega total, Benedito quis ser monge. Bateu em vários mosteiros, mas devido sua frágil saúde, não foi aceito.

Os ‘nãos’ recebidos o fizeram descobrir um modo específico de viver a vocação à santidade. Tornou-se então um peregrino, um mendigo de Deus. Foi muito humilhado, mas foi peregrinando pelos santuários da Europa, oferecendo tudo pela conversão dos pecadores.

Benedito viveu da Divina Providência. Com 35 anos, consumido pela vida de oração e meditação, entrou na glória de Deus.

São Benedito José Labre, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Mais tarde me seguirás… (Jo 13,21-33.36-38)

 

            É notável o conhecimento que Jesus de Nazaré manifesta a respeito do íntimo de seus discípulos. Ele lê os corações, tem o dom da “cardiognosia”. Nada em nós permanece oculto ao seu olhar. Neste Evangelho, Pedro se diz disposto a acompanhá-lo até a morte, mas o Mestre sabe que o velho pescador ainda não está pronto. E logo terá a triste oportunidade de negá-lo por três vezes.

 

            No entanto, Jesus não se detém neste passo infeliz daquele que fora escolhido para ser a “rocha” da Igreja (cf. Mt 16,18). Não se fixa na fragilidade humana que ainda tortura o pobre Simão Pedro. O olhar profundo de Jesus já se projeta para o futuro, quando o mesmo Pedro, na capital do Império, dará testemunho de sua fé no Ressuscitado, ao morrer crucificado como seu Senhor.

 

            Esta verificação deve servir-nos de consolo. Ainda não estamos prontos. Estamos em processo. Ainda temos apegos humanos, cadeias sentimentais, barreiras materiais. Ainda não estamos verdadeiramente apaixonados pela missão que nos foi apontada. Ainda nos encontramos paralisados pelos muros do medo, pela busca de seguranças e garantias. Por enquanto…

 

            Mas Jesus sabe que vamos amadurecer. Os largos horizontes continuarão a nos chamar. Um dia… “mais tarde”, diz Jesus… Um dia abriremos as mãos e deixaremos cair por terra a última ilusão. Súbita iluminação nos mostrará o lado efêmero de nossos sonhos, a banalidade de nossos diplomas, a falência de nossas reservas.

 

            É quando soprará de alto mar a brisa da mudança! É quando soltaremos velas abertas ao poderoso vento de Pentecostes e, impelidos pelo Espírito, estaremos dispostos a seguir o Mestre. Livres, leves, apaixonados…

 

            Antes de morrer, Pedro deixaria por escrito esta certeza de que Deus não tem pressa: “Caríssimos, vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz. Considerai também como salvação a paciência de Nosso Senhor”. (2Pd 3,14)

 

            E ainda: “O Senhor não tarda a cumprir sua promessa, como alguns interpretam a demora. É que ele está usando de paciência para convosco, pois não deseja que ninguém se perca. Ao contrário, quer que todos venham a converter-se”. (2Pd 3,9)

 

            Mais tarde… Quando será? Quanto tempo ainda teremos nós para caminhar? Este conhecimento não nos foi dado. Mas se o convite do Senhor é um convite a amar, afinal, por que não amar agora?

 

Orai sem cessar: “Mostra-me, Senhor, o teu caminho!” (Sl 27,11)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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