15 de Novembro de 2020

33a semana do tempo comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XXXIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

– Meus pensamentos são de paz e não de aflição, diz o Senhor. Vós me invocareis, e hei de escutar-vos, e vos trarei de vosso cativeiro, de onde estiveres (Jr 29,11.14).

 

Oração do dia

– Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindo a vós, o criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Pr 31,10-13.19-20.30-31

– Leitura do livro dos Provérbios: 10Uma mulher forte, quem a encontrará? Ela vale muito mais do que as joias. 11Seu marido confia nela plenamente, e não terá falta de recursos. 12Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto, todos os dias de sua vida. 13Procura lã e linho, e com habilidade trabalham as suas mãos.
19Estende a mão para a roca, e seus dedos seguram o fuso. 20Abre suas mãos ao necessitado e estende suas mãos ao pobre. 30O encanto é enganador e a beleza é passageira; a mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor.
31Proclamem o êxito de suas mãos, e na praça louvem-na as suas obras

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 128,1-2.3.4-5ab (R: 1a)

 

– Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!
R: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

– Feliz és tu, se temes o Senhor e trilhas seus caminhos! Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem!

R: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

– A tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa; os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.

R: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

– Será assim abençoado todo homem que teme o Senhor. O Senhor te abençoe de Sião, cada dia de tua vida.
R: Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos!

2ª Leitura: 1Ts 5,1-6

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses: 1Quanto ao tempo e à hora, meus irmãos, não há por que vos escrever. 2Vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como um ladrão, de noite.
3Quando as pessoas disserem: “Paz e segurança!”, então de repente sobrevirá a destruição, como as dores de parto sobre a mulher grávida. E não poderão escapar. 4Mas vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão.5Todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite, nem das trevas. 6Portando, não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Ficai em mim, e eu em vós hei de ficar, diz o Senhor; quem em mim permanecer, esse dá muito fruto (Jo 15,4).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 25,14-30

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos:14 “Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua capacidade. Em seguida viajou. 16O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18Mas aquele que havia recebido um só saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão. 19Depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. 20O empregado que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco, que lucrei’. 21O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’22Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23O patrão lhe disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ 24Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste. 25Por isso, fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26O patrão lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e ceifo onde não semeei? 27Então, devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28Em seguida, o patrão ordenou: ‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! 29Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes’”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo Alberto Magno, administrador do Reino de Deus

- por Pe. Alexandre

Celebramos neste dia a santidade de um grande santo da nossa Igreja, o qual foi digno de ser intitulado de Magno (Grande). Nascido na Alemanha em 1206, numa família militar que desejava para Alberto a carreira militar ou administrativa.

Soldado do Senhor e administrador do Reino de Deus, devotíssimo da Virgem Maria, Santo Alberto optou pelos desejos do coração de Deus, por isso depois de estudar ciências naturais em Pádua e Paris entrou na família Dominicana em 1223, a fim de mergulhar nos estudos, santidade e apostolado. Como consequência da sua crescente adesão ao Reino, foram aumentando os trabalhos na “vinha do Senhor”, por isso na Ordem Religiosa foi superior provincial e mais tarde, nomeado pelo Papa, Bispo de Ratisbona, num tempo em que somente um santo e sábio poderia estabelecer a paz entre os povos e cidades, como de fato aconteceu.

Santo Alberto Magno era um apaixonado e vocacionado ao magistério (teve como discípulo São Tomás de Aquino); foi dispensado do Episcopado, para na humildade e pobreza continuar lecionando, pregando e pesquisando e dominando com tranquilidade os assuntos sobre mecânica, zoologia, botânica, meteorologia, agricultura, física, tecelagem, navegação e outras áreas do conhecimento, os quais inseriu no seu caminho de santidade: “Minha intenção última, escrevia, está na ciência de Deus”. Suas obras escritas encheram 38 grossos volumes e com o testemunho impregnou toda a Igreja de santidade e exemplo de quem soube viver com equilíbrio e graça a fé que não contradiz a razão. Entrou no Céu em 1280, proclamado Doutor da Igreja e Patrono dos cultores das ciências naturais.

Santo Alberto Magno, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Entra na alegria! (Mt 25,14-30)

Este é o convite do Dono do banquete ao servidor que ousou trabalhar o investimento que nele havia feito. E não se trata de uma alegria qualquer – a alegria barata dos programas de auditório, quando os fãs aplaudem ou gritam se o contra-regra levanta o cartaz correspondente. Trata-se da alegria profunda que brota do âmago do ser, a letícia incomparável de estar ao lado do Pai em seu eterno festim…

Comenta Lev Gillet: “Entra na alegria do teu Senhor, diz o Evangelho. Qual a relação entre a palavra ‘alegria’ e a palavra ‘Senhor’? Na aparência, parece não haver necessariamente relação entre elas; o termo ‘Senhor’ evoca a soberania, isto é, antes de tudo a ideia de certo distanciamento, certa transcendência. Existe aí um lugar para a alegria?

Muita gente, por se concentrar muito estritamente no significado da palavra ‘Senhor’, não a percebem. Quase sempre desconhecemos a alegria que está no Senhor, porque se faz de Deus um juiz, um vingador ou um ser impassível, alguém que pune ou recompensa a partir de determinado código. Aí, de fato, não há lugar para a alegria.

Felizmente, existe outra concepção de Deus: um Deus que é um coração; coração que pulsa de desejo, de compaixão e de alegria, que bate por nós a cada instante. Este Deus é o Senhor da alegria de que nos fala o Evangelho – a fonte primária e o mestre da alegria, de toda alegria.

‘Entra na alegria de teu Senhor”: que significa ‘teu Senhor’? Por que ‘teu’? Porque eu lhe pertenço; ele me criou, eu estou à disposição dele. Entre mim e ele há uma relação de estreita dependência, absoluta dependência. Ele é para mim a realidade suprema.

Mas se existo para ele, ele também existe para mim. Se o Senhor é meu por inteiro, então a alegria que está nele não é um suplemento para minha alegria terrestre; ela me pertence.

Quer dizer que a alegria que está no Senhor é exatamente a mesma que a nossa? Fundamentalmente, sim! A única diferença é da ordem de intensidade. A alegria do Senhor e minha alegria possuem certamente sua própria coloração, mas elas são ambas animadas pelo mesmo movimento para o objeto desejado, o mesmo desejo de união com ele. Deus nos desejou, ele encontrou alegria em nós, tornando-nos capazes de responder a esse desejo.

Estas relações de amor em Deus só podem ser comparadas a um braseiro, uma fornalha. É esta alegria divina que vem sobre nós, que vem em nós.”

Não é o que Paulo gritava? “Alegrai-vos no Senhor! Repito: alegrai-vos!” (Fl 4,4)

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