15 de Junho de 2022

11a Semana do Tempo Comum- Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – XI SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – Ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!  (Sl 26,7.9)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao meu apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2Rs 2,1.6-14

 

– Leitura do segundo livro dos Reis: 1Quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Guilgal. 6Tendo chegado a Jericó, Elias disse a Eliseu: “Permanece aqui, porque o Senhor me mandou até o Jordão”. E ele respondeu: “Pela vida do Senhor e pela tua, eu não te deixarei”. E partiram os dois juntos. 7Então, cinquenta dos filhos dos profetas os seguiram, e ficaram parados, à parte, a certa distância, enquanto eles dois chegaram à beira do Jordão. 8Elias tomou então o seu manto, enrolou-o e bateu com ele nas águas, que se dividiram para os dois lados, de modo que ambos passaram a pé enxuto. 9Depois que passaram, Elias disse a Eliseu: “Pede o que queres que eu te faça antes de ser arrebatado da tua presença”. Eliseu disse: “Que me seja dada uma dupla porção do teu espírito”. 10Elias respondeu: “Tu pedes uma coisa muito difícil. Se me vires quando me arrebatarem da tua presença, isso te será concedido; caso contrário, isso não te será dado”. 11E aconteceu que, enquanto andavam e conversavam, um carro de fogo e cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho. 12Eliseu o via e gritava: “Meu pai, meu pai, carro de Israel e seu condutor! ” Depois, não o viu mais. E, tomando as vestes dele, rasgou-as em duas. 13Em seguida, apanhou o manto que Elias tinha deixado cair e, voltando sobre seus passos, estacou à margem do Jordão. 14Tomou então o manto de Elias e bateu com ele nas águas dizendo: “Onde está agora o Deus de Elias? ” E bateu nas águas, que se dividiram, para os dois lados, e Eliseu atravessou o rio.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 31,20.21.24 (R: 25)

 

– Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!
R: Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

– Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

R: Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

– Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais. No interior de vossa tenda os escondeis, protegendo-os contra as línguas maldizentes.

R: Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

– Amai o Senhor Deus, seus santos todos, ele guarda com carinho seus fiéis, mas pune os orgulhosos com rigor.

R: Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Quem me ama realmente guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós viremos (Jo 14,23)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 6,1-6.16-18

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa. 5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 16Quando jejuardes, não fi­queis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.  17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Bem-aventurada Albertina Berkenbrock

- por Pe. Alexandre

A primeira mártir brasileira nasceu, em 11 de abril de 1919, no município de Imaruí, Estado de Santa Catarina. Seus pais eram simples agricultores, e ela possuía mais oito irmãos. Albertina recebeu sua Primeira Comunhão no dia 16 de agosto de 1928.

Desde cedo, despontava na vida de oração, no amor à família e ao próximo. Unia-se ao Crucificado por meio de penitências. Jovem, mas centrada no mistério da Eucaristia, tinha vida sacramental, penitencial e de oração.

Albertina cuidava do rebanho de seu pai, que lhe deu a seguinte ordem: ela devia procurar um boi que se extraviou. No caminho, encontrou um homem de apelido ‘Maneco Palhoça’, que trabalhava para a família. Ela perguntou a ele se sabia onde estaria o boi perdido. Ele indicou um lugar distante, e a surpreendeu lá, tentando estuprá-la, porém, não teve êxito.

A jovem resistiu, pois não queria pecar. Por não conseguir nada, ele a pegou pelo cabelo, jogou-a ao chão e cortou seu pescoço, matando-a imediatamente.

Maneco acusou outra pessoa, que foi presa imediatamente. Ele fingia que velava a menina, e, ao se aproximar do corpo, o corte vertia sangue. Ele fugiu, mas foi preso e confessou o crime. Maneco deixou claro que ela não cedeu, porque não queria pecar. Tudo isso aconteceu em 15 de junho de 1931. Por causa da castidade, Albertina não cedeu.

Em 1952, na mesma capela onde Albertina recebeu a Primeira Comunhão, reuniu-se o Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Florianópolis para dar início ao processo de sua beatificação. Devido a várias circunstâncias, de 1959 em diante o processo de Albertina foi interrompido, sendo retomado no ano de 2000.

Em uma solene celebração, no dia 20 de outubro de 2007, na Catedral Diocesana de Tubarão, o Cardeal Saraiva presidiu a beatificação de Albertina Berkenbrock.

Bem-aventurada Albertina Berkenbrock, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Teu Pai, que vê no escondido… (Mt 6,1-6.16-18)

 

Nada escapa aos olhos de Deus. “Seus olhos observam, suas pálpebras interrogam os seres humanos.” (Sl 11,4) “Os olhos do Senhor estão sobre os justos”. (1Pd 3,12)

Pena que esta realidade tenha sido utilizada, quase sempre, para incutir medo nas crianças: “Deus está de olho em você! Veja lá o que vai fazer!” É a imagem de um “deus policial”, porrete na mão, pronto a castigar. Nada mais falso em relação ao Deus de Jesus Cristo! Esta variedade infeliz de “catequese” é uma sementeira de ateus…

Se Deus é amor (1Jo 4,16b), seu olhar sobre nós só pode ser um olhar amoroso. O olhar de Deus significa atenção, cuidado, carinho e proteção. Quer dizer que ele não ignora os sacrifícios dos pais pelos filhos, a dedicação do médico pelos pacientes, as mãos calejadas e as noites de insônia.

Se Deus nos vê, ele valoriza o bem que fazemos e nos protege do mal que nos ameaça. Quando Jesus fala sobre o jejum, a penitência e a esmola, deixa bem claro que o olhar de Deus – que vê no escondido – não deixará de nos recompensar. Deus sabe “apreciar” os esforços que fazemos para cumprir os mandamentos e toda atividade nossa em benefício do próximo. Logo, toda “propaganda” do bem é inútil diante de Deus, a não ser que busque apenas os aplausos humanos.

A procura da “invisibilidade” – a mão direita ignorando o que faz a mão esquerda – é recomendada por Jesus para que nossas boas ações não percam seu valor diante do Pai.

No entanto, o teólogo Hans Urs von Balthasar chama nossa atenção para um ponto importante: “Não é para ser recompensado por Deus que nós fazemos penitência; em primeiro lugar, é porque seguimos a Cristo com reconhecimento; em seguida porque, diante do mundo em que vivemos, nós vemos claramente que só podemos ajudá-lo em profundidade através da penitência. E Jesus nos aponta três formas eficazes: a esmola, a oração e o jejum”.

O mesmo autor fala sobre as várias formas de jejum: “a renúncia aos alimentos, os sacrifícios de todo tipo, em relação ao sono, às diversões, para nos dedicarmos aos pobres, aos indigentes, aos enfermos. Exatamente aqueles que não podem fazer isso por nós”.

E, claro, Deus está vendo…

 

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