12 de Setembro de 2021

24a semana comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, glória, creio – IV semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Ouvi, Senhor, as preces de vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que vossos profetas sejam verdadeiros

(Eclo 36,18).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 50,5-9a

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas, o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar?

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 115,1-2.3-4.5-6.8-9 (R: 9)

 

– Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.
R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– Eu amo o Senhor, porque ouve o grito da minha oração. Inclinou para mim seu ouvido, no dia em que eu o invoquei.

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– Prendiam-me as cordas da morte, apertavam-me os laços do abismo; invadiam-me angústia e tristeza; eu então invoquei o Senhor: “Salvai, ó Senhor, minha vida!”

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– O Senhor é justiça e bondade, nosso Deus é amor-compaixão. É o Senhor quem defende os humildes; eu estava oprimido e salvou-me.

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

– Libertou minha vida da morte, enxugou de meus lábios o pranto e livrou os meus pés do tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos.

R: Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.

2ª Leitura: Tg 2,14-18

 

– Leitura da carta de são Tiago: 14Meus irmãos: que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? A fé seria então capaz de salvá-lo? 15Imaginai que um irmão ou uma irmã não têm o que vestir e que lhes falta a comida de cada dia; 16se então alguém de vós lhes disser: “Ide em paz, aquecei-vos”, e: “Comei à vontade”, sem lhes dar o necessário para o corpo, que adiantará isso? 17Assim também a fé: se não se traduz em obras, por si só está morta. 18Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho a prática!” Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras!

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu de nada me glorio, a não ser da cruz de Cristo; vejo o mundo em cruz pregado e para o mundo em cruz me avisto (Gl 6,14).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 8,27-35

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 27Jesus partiu com seus discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe. No caminho perguntou aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” 28Eles responderam: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias; outros, ainda, que és um dos profetas”. 29Então ele perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias”.  30Jesus proibiu-lhes severamente de falar a alguém a seu respeito. 31Em seguida, começou a ensiná-los, dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei; devia ser morto, e ressuscitar depois de três dias. 32Ele dizia isso abertamente. Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo. 33Jesus voltou-se, olhou para os discípulos e repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai para longe de mim, Satanás! Tu não pensas como Deus, e sim como os homens”. 34Então chamou a multidão com seus discípulos e disse: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 35Pois, quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, vai salvá-la”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Nilo

- por Pe. Alexandre

Neste dia, mergulhamos na história de São Nilo, onde encontramos um exemplar cristão que viveu no sul da Itália e no fim do primeiro milênio. Nilo, chamado o Jovem, fazia parte de uma nobre família de origem grega, por isso foi considerado o último elo entre a cultura grega e a latina.

Era casado e funcionário do governo de Constantinopla, mas com o nascimento de uma filha acabou viúvo; depois, descobriu sua vocação à vida monástica, segundo a Regra de São Basílio. Após várias mudanças, acabou fixando-se em Monte Cassino, perto da famosa abadia beneditina.

Seu testemunho atraiu muitas pessoas, tendo assim a felicidade de fundar vários mosteiros no Sul da Itália, com o cotidiano pautado pelo trabalho e oração. No trabalho, além da agricultura, transcrevia manuscritos antigos, introduziu um sistema taquigráfico (ítalo-grego) e compôs hinos sacros.

São Nilo realizou várias romarias aos túmulos dos santos Pedro e Paulo, aproveitando para enriquecer as bibliotecas de Roma, até que, a pedido de Gregório, Nilo fundou um mosteiro em Grottaferrata, perto de Roma.

Esse pacificador da política e guerras da época, teve grande importância para a história da Igreja, e na consolidação da vida monástica. Morreu com noventa e cinco anos de idade, no dia 25 de setembro de 1005.

São Nilo, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Se alguém me quer seguir… (Mc 8,27-35)

 

É verdade que uma primeira experiência de Deus e seu apelo a uma vida nova podem ser uma experiência de luz e de alegria sem medidas. Mas seria infantilidade esperar que o seguimento do Crucificado consistisse apenas nesta espécie de lua-de-mel espiritual. O tabor antecede o Calvário…

 

Paul Evdokimov [19101-1970], teólogo ortodoxo e observador no Concílio Vaticano II, tem uma lição para nós:

 

“Este tempo é de curta duração. A face do Pai assume a figura do Filho e sua cruz nos obscurece interiormente. Nossa própria cruz se delineia nitidamente e já não há mais um possível retorno à fé simples e infantil de outrora. As dissonâncias dolorosas rasgam a alma em sua clarividente visão do mal e do pecado: é a tensão extrema entre os dois estados que se excluem mutuamente. A experiência brutal das quedas pode levar à beira do desespero.

É grande a tentação de gritar por injustiça, de dizer que Deus nos pede demais, que nossa cruz é mais pesada que a dos outros. Deus está de olho em nós neste instante decisivo. Ele espera de nossa fé um ato viril, a plena e consciente aceitação de nosso destino; ele nos pede que o assumamos livremente.

Ninguém pode fazê-lo em nosso lugar, nem mesmo Deus. A cruz é feita de nossas fraquezas e de nossas falhas; ela é construída por nossos impulsos que perderam o fôlego e, sobretudo, por nossas profundas trevas onde rumina a surda resistência e fica estagnada a inconfessável e cúmplice torpeza. Em resumo, a cruz tem o peso de toda a complexidade que é, nesse momento, o verdadeiro eu.

Os mais orgulhosos, os mais sedentos de amor próprio são precisamente aqueles que se sentem mal consigo mesmos, aqueles que se odeiam secretamente. Este momento infinitamente grave do encontro consigo mesmo exige o desnudamento, a visão imediata e total de si, em suas dobras mais secretas…

No momento da pesada solidão, somente a humildade vem em nosso auxílio. Reconhecendo a impotência radical da natureza humana, ela inclina o homem a depositar seu próprio ser, por inteiro, aos pés da cruz. E então, bruscamente, Cristo sustenta em nosso lugar aquele peso esmagador: ‘Aprendei de mim que meu jugo é suave e meu fardo é leve’. (Mt 11,30)”

Sim, assumir a cruz é uma exigência indeclinável. Mas é sempre Cristo que a sustentará por nós…

 

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