03 de Junho de 2019

7ª semana da Páscoa - Segunda -feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEGUNDA FEIRA – SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS – MÁRTIR DA ÁFRICA

(vermelho, pref. pascal ou dos mártires – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Eis os santos que venceram graças ao sangue do cordeiro. Preferiram morrer a renegar o Cristo; por isso reinam com Ele para sempre, aleluia! (Ap 12,11).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que fizestes do sangue dos mártires semente de novos cristãos, concedei que o campo da vossa Igreja, regado pelo sangue de são Carlos e seus companheiros, produza sempre abundante colheita. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 19, 1-8

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 1Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões montanhosas e chegou a Éfeso. Aí encontrou alguns discípulos e perguntou-lhes: 2“Vós recebestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?” Eles responderam: “Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo!”
3Então Paulo perguntou: “Que batismo vós recebestes?” Eles responderam: “O batismo de João”. 4Paulo disse-lhes: “João administrava um batismo de conversão, dizendo ao povo que acreditasse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus”. 5Tendo ouvido isso, eles foram batizados no nome do Senhor Jesus. 6Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. Começaram então a falar em línguas e a profetizar. 7Ao todo, eram uns doze homens. 8Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda convicção, discutindo e procurando convencer os ouvintes sobre o reino de Deus.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 68, 2-3.4-5ac. 6-7ab (R: 33a)

 

Reinos da terra, cantai ao Senhor.
R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.

 

– Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! Como a fumaça se dissipa, assim também os dissipais, como a cera se derrete, ao contato com o fogo, assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!

R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.

 

– Mas os justos se alegram na presença do Senhor; rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome! O seu nome é Senhor: exultai diante dele!

R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.

 

– Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor; é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.

R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 16, 29-33

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 29os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. 30Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. 31Jesus respondeu: “Credes agora? 32Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. 33Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Carlos Lwanga e companheiros

- por Padre Alexandre Fernandes

São Carlos Lwanga com seus companheiros não negaram a fé

Neste dia, celebramos a memória destes grandes mártires que na África testemunharam o nome de Jesus. Carlos Lwanga era chefe dos pajens, que serviam na corte do rei Muanga da Uganda.

Acontece que a entrada da evangelização na África, sofreu muito pelas invasões dos homens brancos, por isso os missionários tinham que ser homens verdadeiramente de Deus, ou seja, de caridade, pois facilmente eram confundidos como colonizadores. Depois da entrada dos padres que fizeram um lindo trabalho de evangelização que atingiu Carlos Lwanga e outros, o rei se revoltou e decretou pena de morte para os que rezassem.

São Carlos, depois de muito se preparar junto com seus companheiros, apresentou-se diante do rei com o firme propósito de não negar a fé, por isso foi queimado vivo diante de todos. Seguindo o irmão na fé, nenhum deles renegou, até que em 1887 o último deles morreu afogado, como parte dos corajosos mártires de Uganda, na África.

São Carlos Lwanga e companheiros, rogai por nós!

FONTE: CANÇÃO NOVA 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

O Pai está sempre comigo… (Jo 16,29-33)

 

            A moderna pesquisa sobre o “Jesus histórico” não precisava ter deixado na sombra o mistério de amor que é a relação de Cristo com o Pai. Afinal, é exatamente a profunda certeza de ser amado pelo Pai que orienta Jesus para a salvação da humanidade, mesmo ao extremo inimaginável de sua morte na cruz. No Evangelho de João, o discípulo amado, revela-se a convicção de Jesus a respeito do amor recebido do Pai. Na expressão do teólogo dominicano Ceslas Spicq, “é o ágape que define suas relações recíprocas e sua união”. Vamos acompanhar o Pe. Spicq:

 

            “Quando Jesus evoca essa dileção divina a seu respeito, apresenta-a sempre como a de um pai em face de seu filho: o Pai ama o Filho (Jo 3,35; 10,17; 15,9; 17,24.26), mesmo quando esta caridade se dirige ao Cristo-homem. Nesse caso, o Salvador proclama que o Pai é maior do que ele (10,20; 14,28) e o tom de seu amor é tanto o de benevolência e de intimidade (5,20; 17,23) quanto o de generosidade: “O Pai ama o Filho e tudo entregou em suas mãos” (3.35).

 

            Temos de compreender que Deus manifesta sua caridade ao confiar ao seu Enviado os seus segredos e atribuindo-lhe todo poder. Se quase existe uma sinonímia entre “amar de caridade” e “dar”, é pelo fato de ser essa largueza a expressão do afeto do Pai em relação ao Filho. Aquele “honra” esse; tem-no em particular estima, tem-no em alta conta, e seus dons são a maneira privilegiada de autenticar ao mesmo tempo sua mensagem – “o Pai o marcou com um selo” (6,27; cf. 10,36) – e de provar o ágape que dedica a ele.

 

            De seu lado, a caridade de Jesus para com seu Pai não é menos ativa nem generosa. Exprime-se por uma constante e exata fidelidade à sua vontade. Na alma de Cristo há uma equivalência entre sua caridade para com Deus e a observância dos preceitos: “observei os mandamentos de meu Pai e permaneço em seu amor” (15,10). A dileção fiel manifesta-se na obediência. “Aliás, ela inspira todas as ações de Jesus e, antes de tudo, sua aceitação do sacrifício da cruz: ‘É preciso que o mundo saiba que amo o Pai e faço como o Pai me ordenou’ (14,31).”

 

            Esta bela citação traz à nossa lembrança aquilo que devia ser o fundamento de nossa vida cristã: quem ama, obedece. Motivada pelo amor, a obediência não escraviza; antes, liberta para o infinito.

 

            A vida do homem Jesus é a prova cabal desta verdade…

 

Orai sem cessar: “O Senhor guarda a todos que o amam!” (Sl 145,20)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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