01 de Setembro de 2019
22ª Semana Comum Domingo
- por Padre Alexandre Fernandes
DOMINGO – XXII SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde, glória, creio – II semana do saltério)
Antífona da entrada
– Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam
(Sl 85,3.5).
Oração do dia
– Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Eclo 3,19-21.30-31
– Leitura do livro do Eclesiástico: 19Filho, realiza teus trabalhos com mansidão e serás amado mais do que um homem generoso. 20Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor. Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios. 21Pois grande é o poder do Senhor, mas ele é glorificado pelos humildes. 30Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele, e ele não compreende. 31O homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios, e com ouvido atento deseja a sabedoria.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 68, 4-5ac.6-7ab.10-11 (R: 11b)
– Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
R: Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
– Os justos se alegram na presença do Senhor, rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome! O seu nome é Senhor: exultai diante dele!
R: Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
– Dos órfãos ele é pai, e das viúvas protetor: é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.
R: Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
– Derramastes lá do alto uma chuva generosa, e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes; e ali vosso rebanho encontrou sua morada; com carinho preparastes essa terra para o pobre.
R: Com carinho preparastes uma mesa para o pobre.
2ª Leitura: Hb 12,18-19.22-24a
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos: 18Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável: “fogo ardente e escuridão, trevas e tempestade, 19som da trombeta e voz poderosa”, que os ouvintes suplicaram não continuasse. 22Mas vós vos aproximastes do monte Sião e da cidade do Deus vivo, a Jerusalém celeste; da reunião festiva de milhões de anjos; 23da assembleia dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus; de Deus, o juiz de todos; dos espíritos dos justos, que chegaram à perfeição; 24ade Jesus, mediador da nova aliança.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim, que sou de manso e humilde coração! (Mt 11,29).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 14,1.7-14
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– 1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando tu fores convidado, toma o último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”. 12E disse também a quem o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santa Beatriz
- por Padre Alexandre Fernandes
Santa Beatriz foi exemplo de obediência, pobreza e assistência aos pobres
Beatriz nasceu no Século XV em Ceuta, ao norte da África, cidade que nessa época se encontrava sob o domínio da coroa de Portugal. Nasceu portuguesa, portanto. Seu pai foi governador de Ceuta. Ainda pequena mudou-se para Portugal com sua família, que cultivou na menina uma profunda devoção a Nossa Senhora da Conceição. Aos vinte anos de idade foi enviada para a Espanha como dama de honra de D. Isabel, neta de D. João I, que tornou-se esposa do rei João II de Castela, onde começou seu calvário.
Beatriz era muito bonita, e a rainha, dominada por uma mistura de ciúme e inveja, fechou Beatriz em um caixão durante dias, a fim de que morresse asfixiada, mas uma invisível proteção da Virgem Maria a salvou.
Como gesto concreto de agradecimento Santa Beatriz aceitou sua vocação para a vida religiosa, e logo em seguida partiu a Toledo, onde se recolheu no mosteiro das Dominicanas (ramo feminino da Ordem de São Domingos de Gusmão), cujas religiosas viviam sob a regra cisterniense, onde viveu cerca de 30 anos.
Mas Deus a tinha predestinado para uma obra maior: fundar uma Ordem de estrita clausura numa vida contemplativa na oração, penitência e trabalho.
Santa Beatriz da Silva deixou o mosteiro dominicano e foi habitar numa nova sede que veio a ser o berço das monjas concepcionistas. Essa Ordem está caracterizada por três heranças espirituais de Santa Beatriz: o amor à Maria Imaculada, a Paixão de Jesus Cristo e a Santíssima Eucaristia.
Santa Beatriz faleceu a 09 de agosto de 1490 com 66 anos de idade. No momento de sua morte, seu rosto fora visto transfigurado por uma grande claridade e uma estrela resplandecente sobre sua cabeça até ela expirar.
Beatificada em 1926 pelo Papa Pio XI, sua canonização ocorreu no dia 03 de Outubro de 1976 por Paulo VI.
Santa Beatriz, rogai por nós!
FONTE: Canção Nova
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
O último lugar… (Lc 14,1.7-14)
Mais uma vez, o cenário é o banquete. Nada mais natural, o homem foi criado para participar de um festim! No Gênesis, os Três participam do banquete de Abraão; no Apocalipse, somos convidados para a Ceia do Cordeiro. De um extremo a outro, a Sagrada Escritura nos vê como convivas do festim!
E como Jesus gostava de sentar-se à mesa! Não foi à toa que o rotularam de comilão e beberrão (cf. Mt 11,19). Até sua despedida foi celebrada em volta da mesa: “Desejei ardentemente comer esta ceia pascal, antes de padecer!” (Lc 22,15)
No Evangelho de hoje, Jesus nos aconselha a preferir o último lugar. Cabe, pois, a pergunta: por que os convidados eram tão ansiosos por ocupar os primeiros lugares? É fácil de explicar.
A “mesa” dos banquetes daquela época era um conjunto de divãs dispostos em forma de “U”, com as pessoas deitadas, apoiadas no cotovelo esquerdo. Os servos ou escravos serviam os convivas pelo interior desse “U”, em cuja volta ficava o dono da festa, ladeado pelos convidados de honra. Como o “serviço” começava por estes, era comum que as bandejas chegassem vazias às extremidades da mesa. Claro, ninguém desejava o último lugar. Questão de sobrevivência…
Algum apressado arriscava-se a passar vergonha, se aparecesse um figurão e o dono da casa decidisse alojá-lo no lugar que o outro ocupava, sendo “rebaixado” para a ponta da mesa. Coisas da sociedade…
No entanto, quando Jesus nos aconselha a ocupar o último lugar, deve estar fazendo ironia conosco. Sabem por quê? Não é possível obedecer ao seu conselho: o último lugar já tem dono. Ele mesmo, Jesus de Nazaré, apesar de ser homem e Deus, já ocupou em definitivo o último lugar. Toda a sua vida o demonstra…
Seu berço? Um cocho no curral. Sua maternidade? Uma gruta. Sua casa? As estradas da Palestina. Seu travesseiro? Não tinha! (Cf. Mt 8,20) E para concluir, morre na cruz, sofrendo uma pena que só se aplicava aos escravos e aos grandes criminosos, proibida a um cidadão do Império Romano.
Sim, nós sabemos que seus discípulos andaram discutindo, estrada a fora, sobre qual deles seria o maior no Reino dos Céus. Parece que não somos muito diferentes… Há sempre um “fiel” à procura de um tapete vermelho, de mais um microfone, de mais divulgação de seu ministério, de mais aplausos para seu trabalho pastoral. E o penúltimo lugar fica vazio…
Orai sem cessar: “Senhor, meu olhar não se ergue arrogante!” (Sl 131,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
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