01 de Março de 2020
1a Semana da Quaresma Domingo
- por Padre Alexandre Fernandes
I DOMINGO DA QUARESMA
(Roxo, creio, prefácio próprio, I semana do saltério)
Antífona da entrada
– Quando meu servo chamar, hei de atendê-lo, estarei com ele na tribulação. Hei de livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei longos dias (Sl 90,15).
Oração do dia
– Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 2,7-9; 3,1-7
– Leitura do livro do Gênesis: 7O Senhor Deus formou o homem do pó da terra, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente. 8Depois, o Senhor Deus plantou um jardim em Éden, ao oriente, e ali pôs o homem que havia formado. 9E o Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores de aspecto atraente e de fruto saboroso ao paladar, a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. 3,1A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos disse: ‘Não comereis de nenhuma das árvores do jardim?’” 2E a mulher respondeu à serpente: “Do fruto das árvores do jardim nós podemos comer. 3Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse: ‘Não comais dele, nem sequer o toqueis, do contrário, morrereis’”. 4A serpente disse à mulher: “Não, vós não morrereis. 5Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”. 6A mulher viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para se alcançar o conhecimento. E colheu um fruto, comeu e deu também ao marido, que estava com ela, e ele comeu. 7Então, os olhos dos dois se abriram; e, vendo que estavam nus, teceram tangas para si com folhas de figueira.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 51,3-4.5-6a.12-13.14.17 (R: 3a)
– Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
– Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão do vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!
R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
– Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
– Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
– Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!
R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
2ª Leitura: Rm 5,12-19.
– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos: 12Consideremos o seguinte: O pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram. 13Na realidade, antes de ser dada a Lei, já havia pecado no mundo.
Mas o pecado não pode ser imputado, quando não há lei. 14No entanto, a morte reinou, desde Adão até Moisés, mesmo sobre os que não pecaram como Adão, – o qual era a figura provisória daquele que devia vir – 15Mas isso não quer dizer que o dom da graça de Deus seja comparável à falta de Adão! A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem mais superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos. 16Também, o dom é muito mais eficaz do que o pecado de um só. Pois a partir de um só pecado o julgamento resultou em condenação, mas o dom da graça frutifica em justificação, a partir de inúmeras faltas. 17Por um só homem, pela falta de um só homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça. 18Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida. 19Com efeito, como pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 4,1-11
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus.
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus.
– O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.
(Mt 4,4).
Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome. 3Então, o tentador aproximou-se e disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” 4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’”. 5Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, 6e lhe disse: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: ‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. 7Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus!’” 8Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, 9e lhe disse: “Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar”. 10Jesus lhe disse: “Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás ao Senhor, teu Deus, e somente a ele prestarás culto’”. 11Então o diabo o deixou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Rosendo
- por Padre Alexandre Fernandes
São Rosendo nasceu no ano de 907, em Monte Córdova, dentro de uma família muito religiosa. Seus pais foram o Conde D. Guterre Mendez de Árias e Santa Ilduara.
Adolescente, passou Rosendo a Mondoñedo, onde seu tio paterno, Savarico, era bispo. É de presumir que tenha prosseguido os estudos nalgum mosteiro beneditino.
Em 925, apenas com dezoito anos, sucede ao bispo de Mondoñedo, sendo muito bem recebido. Esforçou-se por restabelecer e e consolidar a paz, reconstruindo – ajudado pelos pais – os mosteiros e igrejas que tinham sofrido com a desordem. Assim serenou e conquistou os abades de toda a Galiza, que formavam a nobreza eclesiástica; e atraiu a nobreza civil, a que estava muito ligado pelo sangue. Libertou os escravos dependentes da mitra e trabalhou para que os outros senhores fizessem o mesmo; ficou sendo o pai de todos os libertos.
Depois de ser bispo de Mondoñedo, passou a sê-lo de Dume. Veio a Portugal visitar o mosteiro em que era abadessa sua parente, Santa Senhorinha. Desejando apresentar uma comunidade-modelo, conseguiu regressar e edificar um grande mosteiro, depois de um irmão e uma prima lhe terem cedido a quinta de Villar, na diocese de Orense. Obteve doações de ricos e pobres, sobretudo da mãe. Ao fim de oito anos de construção, num domingo do ano de 942 inaugurou a casa, que se ficou chamando Celanova: recebeu as felicitações de 11 bispos da Galiza e de Leão; foi saudado por 24 condes; prestaram-lhe homenagem muitos abades, presbíteros, diáconos e monges; e ouviu os aplausos da multidão.
Ficou abade de Celanova o monge Franquila. E São Rosendo voltou a Mondoñedo a extinguir rancores, sufocar conspirações, acalmar avarezas e pacificar famílias. Entre 944 e 948, depois de renunciar o bispado, retirou-se para Celanova. Mas foi preciso que substituísse alguns parentes seus, na autoridade que lhes pertencera, pois esses tinham-se revoltado contra Ordonho III (955). Administrou a diocese de Iria-Compostela pelo ano de 970, quando a região era assolada por violentas incursões normandas.
Veio a falecer em Celanova, no 1º de março de 977, com testamento que reflete fé, ciência escriturística, humildade, amor à Ordem Beneditina, predileção por Celanova e desejo de viver na eternidade como vivera os seus dias de afadigado peregrinar na terra: “sob a providência de Deus”.
São Rosendo, rogai por nós!
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
TEMPO DA QUARESMA. PRIMEIRO DOMINGO
5. AS TENTAÇÕES DE JESUS
– O Senhor permite que sejamos tentados para que cresçamos nas virtudes.
– As tentações de Jesus. O demônio prova-nos de maneira semelhante.
– O Senhor está sempre ao nosso lado. Armas para vencer.
I. “A QUARESMA COMEMORA os quarenta dias que Jesus passou no deserto, como preparação para esses anos de pregação que culminam na Cruz e na glória da Páscoa. Quarenta dias de oração e de penitência que, ao findarem, desembocam na cena que a liturgia de hoje oferece à nossa consideração no Evangelho da Missa: as tentações de Cristo (cfr. Mt IV, 1-11). É uma cena cheia de mistério, que o homem em vão pretende entender – Deus que se submete à tentação, que deixa agir o Maligno –, mas que pode ser meditada se pedirmos ao Senhor que nos faça compreender a lição que encerra”1.
É a primeira vez que o demônio intervém na vida de Jesus, e fá-lo abertamente. Põe à prova Nosso Senhor; talvez queira averiguar se chegou a hora do Messias. Jesus deixa-o agir para nos dar exemplo de humildade e para nos ensinar a vencer as tentações que sofreremos ao longo da nossa vida: “Como o Senhor fazia todas as coisas para nos ensinar – diz São João Crisóstomo –, quis também ser conduzido ao deserto e ali travar combate com o demônio a fim de que os batizados, se depois do batismo sofrem maiores tentações, não se assustem com isso, como se fosse algo de inesperado”2. Se não contássemos com as tentações que temos de sofrer, abriríamos a porta a um grande inimigo: o desalento e a tristeza.
Jesus quis ensinar-nos com o seu exemplo que ninguém deve considerar-se dispensado de passar por provas. “As tentações de Nosso Senhor – diz Knox – são também as tentações dos seus servidores individualmente. Mas, como é natural, o grau é diferente: o demônio não nos oferecerá a vós e a mim todos os reinos do mundo. Conhece o mercado e, como bom vendedor, oferece exatamente o que calcula que o comprador quererá. Suponho que pensará, com bastante razão, que quase todos nós podemos ser comprados por cinco mil libras por ano, e muitos de nós por muito menos. Também não nos oferece as suas vantagens de modo tão aberto, antes envolve as suas ofertas em toda a espécie de formas plausíveis. Mas se vê a menor oportunidade, não demora muito em mostrar-nos como podemos conseguir aquilo que queremos, se concordamos em ser infiéis a nós mesmos e, muitas vezes, à nossa fé católica”3.
Como nos lembra o Prefácio da Missa de hoje, o Senhor ensina-nos com a sua conduta como devemos vencer as tentações e como tirar proveito das provas por que iremos passar. Ele “permite as tentações e serve-se delas, providencialmente, para te purificar, para te fazer santo, para te desprender melhor das coisas da terra, para te conduzir aonde Ele quer e por onde quer, para te fazer feliz numa vida que não seja cômoda e para te dar maturidade, compreensão e eficácia no teu trabalho apostólico com as almas, e…, sobretudo, para te fazer humilde, muito humilde!”4 Feliz o homem que suporta a tentação – diz o Apóstolo Tiago – porque, depois de provado, receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam5.
II. O DEMÔNIO TENTA-NOS aproveitando as necessidades e fraquezas da natureza humana.
O Senhor, depois de ter jejuado durante quarenta dias e quarenta noites, teve fome, como qualquer homem nas mesmas circunstâncias. Foi este o momento em que o tentador se aproximou dEle propondo-lhe que convertesse as pedras que havia por ali no pão de que tanto necessitava e que desejava.
E Jesus “não só rejeita o alimento que o corpo lhe pedia, como afasta de si uma incitação maior: a de usar do poder divino para remediar, digamos assim, um problema pessoal […]. Generosidade do Senhor que se humilhou, que aceitou plenamente a condição humana, que não se serve do seu poder de Deus para fugir das dificuldades ou do esforço; que nos ensina a ser fortes, a amar o trabalho, a apreciar a nobreza humana e divina de saborear as conseqüências da entrega”6.
Esta passagem do Evangelho ensina-nos também a estar especialmente vigilantes nesses momentos de fraqueza ou cansaço que nos podem atingir, a nós e àqueles a quem temos obrigação de ajudar. São momentos ruins, em que o demônio talvez intensifique a tentação para que as nossas vidas tomem outros rumos, alheios à vontade de Deus.
Na segunda tentação, o demônio transportou-o à Cidade Santa, situou-o no pináculo do templo e disse-lhe: Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Ele ordenou aos seus anjos que te tomassem nas suas mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé nalguma pedra. Respondeu Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Era uma tentação aparentemente capciosa: se te recusas, demonstrarás que não confias em Deus plenamente; se aceitas, obrigas Deus a enviar em proveito pessoal os seus anjos para que te salvem. O demônio não sabe que Jesus não teria necessidade de anjo algum. No fim da sua vida terrena, Jesus ouvirá uma proposta parecida e com palavras quase idênticas: Se é o rei de Israel, desça agora da cruz e creremos nele7.
Cristo nega-se a fazer milagres inúteis, por vaidade ou por vanglória. Nós devemos estar atentos para saber rejeitar tentações semelhantes: o desejo de ficar bem, que pode surgir até nas coisas mais santas; o prurido de montar em benefício próprio falsas argumentações que pretendem fundar-se na Sagrada Escritura; a atitude cética de quem pede (e até exige) provas ou sinais extraordinários para crer, esquecido de que o Senhor nos dá no meio da nossa vida cotidiana graças e testemunhos suficientes para iluminarem o caminho da fé.
Na última das tentações, o demônio oferece a Jesus toda a glória e poder terreno que um homem pode ambicionar. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: Dar-te-ei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares. O Senhor rechaça definitivamente o tentador.
O demônio promete sempre mais do que pode dar. A felicidade está muito longe das suas mãos. Toda a tentação é sempre um logro miserável. Mas, para nos experimentar, o demônio conta com as nossas ambições. E a pior delas é desejar a todo o custo a glória pessoal: a ânsia de nos procurarmos sistematicamente a nós mesmos nas coisas que fazemos e projetamos. Muitas vezes, o pior dos ídolos é o nosso próprio eu. Temos que vigiar, em luta constante, porque dentro de nós permanece a tendência de desejar a glória humana, apesar de termos dito ao Senhor repetidamente que não queremos outra glória que não a dEle. Jesus também se dirige a nós quando diz: Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás. E é isto o que nós desejamos e pedimos: servir a Deus alicerçados na vocação a que Ele nos chamou.
III. O SENHOR está sempre ao nosso lado, em cada tentação, e nos diz afetuosamente: Confiai: Eu venci o mundo8. E nós nos apoiamos nEle porque, se não o fizéssemos, pouco conseguiríamos sozinhos. Tudo posso nAquele que me conforta9. O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei?10
Podemos prevenir as tentações mediante a mortificação constante, mediante a prática da caridade e a guarda dos sentidos internos e externos. Devemos também fugir das ocasiões de pecar, por pequenas que sejam, pois aquele que ama o perigo nele perecerá11.
E juntamente com a mortificação, a oração: Vigiai e orai para que não entreis em tentação12. “É necessário repetir muitas vezes e com confiança a oração do Pai Nosso: Não nos deixeis cair em tentação. Já que o próprio Senhor põe nos lábios humanos esse pedido, é bom repeti-lo incessantemente. E também combatemos a tentação manifestando-a abertamente ao diretor espiritual, pois expô-la é vencê-la. Quem revela as suas tentações ao diretor espiritual pode estar certo de que Deus lhe concede a graça necessária para ser bem orientado”13.
Contamos sempre com a graça de Deus para vencer qualquer tentação. “Não te esqueças, meu amigo, de que precisas de armas para vencer nesta batalha espiritual. As tuas armas serão: a oração contínua, a sinceridade e franqueza com o teu diretor espiritual, a Santíssima Eucaristia e o Sacramento da Penitência, um generoso espírito de mortificação cristã – que te levará a fugir das ocasiões e a evitar a ociosidade –, a humildade de coração e uma devoção terna e filial à Santíssima Virgem – Consoladora dos aflitos e Refúgio dos pecadores. Dirige-te sempre a Ela com confiança e diz-lhe: «Mater mea, fiducia mea»; Minha Mãe, confiança minha!”14
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