23 de Outubro de 2020

29a semana do tempo comum Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM
(Verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ef 4,1-6

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios: Irmãos, 1eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, como também uma só é a esperança à qual fostes chamados. 5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 24,1-2.3-4ab.5-6 (R: 6)

 

– É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

– Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

– “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração. – Quem não dirige sua mente para o crime.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

 

– Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 12,54-59

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 54Jesus dizia às multidões: “Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. 55Quando sentis soprar o vento do sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. 56Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? 57Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?  58Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia. 59Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares até o último centavo”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

São João de Capistrano

- por Pe. Alexandre

O santo de hoje fez da ação um ato de amor e do amor uma força para a ação, por isso, muito penitente e grande devoto do nome de Jesus chegou à santidade. João nasceu em Capistrano (Itália), em 1386, e com privilegiado e belos talentos, cursou os estudos jurídicos na universidade de Perusa.

Juiz de direito, casado e nomeado governador de uma cidade na Itália, acabou na prisão por causa de intrigas políticas. Diante do sistema do mundo, frágil, felicidade terrena, e após a morte de sua esposa, João quis entrar numa Ordem religiosa. Com este objetivo teve João a coragem de vender os bens, pagar o resgate de sua missão, dar o resto aos pobres e seguir Jesus como São Francisco de Assis. O superior da Ordem, conhecendo os antecedentes de João, o submeteu a duras provas de sua vocação e, por tudo, João passou com humildade e paciência.

Ordenado sacerdote consagrou-se ao poder do Espírito no apostolado da pregação; viveu de modo profundo o espírito de mortificação. João de Capistrano enfrentou a ameaça dos turcos contra a Europa e a tentativa de desunião no seio da própria Ordem Franciscana. Apesar de homem de ação prodigiosa e de suas contínuas viagens através de toda a Europa descalço, João foi também escritor fecundo, consumido pelo trabalho.

São João tinha muita habilidade para a diplomacia; era sábio, prudente, e media muito bem seus julgamentos e suas palavras. Tinha sido juiz e governador e sabia tratar muito bem às pessoas. Por isso quatro Pontífices (Martinho V, Eugênio IV, Nicolau V e Calixto III) empregaram-no como embaixador em muitas e muito delicadas missões diplomáticas e com muito bons resultados.

Três vezes os Sumos Pontífices quiseram nomeá-lo Bispo de importantes cidades, mas preferiu seguir sendo humilde pregador, pobre e sem títulos honoríficos. Em 1453, os turcos muçulmanos propuseram invadir a Europa para acabar com o Cristianismo. Então São João foi à Hungria e percorreu toda a nação pregando ao povo, incitando-o a sair entusiasta em defesa de sua santa religião. As multidões responderam a seu chamado, e logo se formou um bom exército de crentes. Os muçulmanos chegaram perto de Belgrado com 200 canhões, uma grande frota de navios de guerra pelo rio Danúbio, e 50.000 terríveis jenízaros da cavalo, armados até os dentes. Os chefes católicos pensaram em retirar-se porque eram muito inferiores em número.

Mas foi aqui quando interveio João de Capistrano: empunhando um crucifixo, foi percorrendo com ele todas as fileiras, animando os soldados com a lembrança de que iam combater por Jesus Cristo, o grande Deus dos exércitos. tanta confiança e coragem inspirou a presença do santo aos cristãos, que logo ao primeiro ímpeto foi derrotado o exército otomano.

Morreu aos 71 anos de idade a 23 de outubro de 1456 e foi beatificado pelo Papa Leão X e solenemente canonizado pelo Papa Alexandre VIII no ano de 1690.

São João de Capistrano, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Até o último centavo! (Lc 12,54-59)

 

É mais fácil predizer as alterações climáticas que discernir os “sinais dos tempos”. Se sopra o Austro, fará calor. Se há nuvens negras, logo choverá. Mas e os outros sinais? Os contemporâneos de Jesus conheciam muito bem as profecias antigas, que anunciavam o Messias e os sinais que iriam acompanhá-lo. Na sinagoga de Nazaré, Jesus fez uma lista deles (cf. Lc 4,18-19). Quando os discípulos de João foram enviados a Jesus, voltaram com um recado que citava os mesmos sinais (cf. Mt 11,4): “Cegos veem, coxos andam, leprosos são limpos, surdos ouvem, mortos ressuscitam e pobres são evangelizados.”

 

Jesus ainda lhes daria um “sinal”: o sinal de Jonas, aludindo à sua própria ressurreição. Após três dias no fundo do oceano, lugar dos mortos, devorado por um grande peixe, o profeta foi devolvido à vida. Também Jesus ressuscitaria ao terceiro dia. Mas todos os sinais seriam inúteis, pois não foram reconhecidos…

 

Todos esses milagres – suficientes para demonstrar a divindade de Jesus, que serenou a tempestade, mudou água em vinho, chamou Lázaro de volta à vida… – não bastaram para os homens do Templo e os poderosos de Israel. Corações fechados, conspiraram contra Jesus e o levaram à morte. Hoje, a situação permanece a mesma. Muitos se fecham ao anúncio da Boa Nova e à mensagem do amor de Deus. Em maio de 2005, estive na Universidade de Viçosa, MG, para uma palestra sobre Fé e Razão. Entre os presentes, havia um grupo de estudantes que se dedicam a aprofundar-se no ateísmo. Pretendem, mesmo, que se possa viver um “ateísmo científico”, como se Deus estivesse ao alcance de telescópios e microscópios…

 

O Concílio ensina: “Sem dúvida, não estão imunes de culpa todos aqueles que procuram voluntariamente expulsar Deus do seu coração e evitar os problemas religiosos, não seguindo o ditame da própria consciência; mas os próprios crentes, muitas vezes, têm responsabilidade neste ponto. Com efeito, o ateísmo, considerado no seu conjunto, não é um fenômeno ordinário, antes resulta de várias causas, entre as quais se conta também a reação crítica contra as religiões e, nalguns países, principalmente contra a religião cristã.” (GS, 19.)

 

Se os cristãos fossem mais humildes e prestativos, mais caridosos e mais simples, certamente iriam favorecer o reconhecimento de Jesus como nosso Salvador. Somos todos responsáveis. Se ignoramos os sinais de Deus, acabaremos em dificuldades, pois seremos cobrados até o último centavo

 

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