01 de Fevereiro de 2019
3ª Semana do Tempo Comum - Sexta-feira
- por Padre Alexandre Fernandes
LITURGIA DE 01 DE FEVEREIR0 2019
SEXTA FEIRA DA III SEMANA COMUM.
(verde, ofício do dia)
Antífona da entrada
– Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor majestade e beleza brilham no seu templo santo (Sl 95, 1.6).
Oração do dia
– Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Hb 10,32-39
– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 32lembrai-vos dos primeiros dias, quando, apenas iluminados, suportastes longas e dolorosas lutas. 33Às vezes, éreis apresentados como espetáculo, debaixo de injúrias e tribulações; outras vezes, vos tornáveis solidários dos que assim eram tratados. 34Com efeito, participastes dos sofrimentos dos prisioneiros e aceitastes com alegria o confisco dos vossos bens, na certeza de possuir uma riqueza melhor e mais durável. 35Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa. 36De fato, precisais de perseverança para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu. 37Porque ainda bem pouco tempo, e aquele que deve vir virá e não tardará. 38O meu justo viverá por causa de sua fidelidade, mas, se esmorecer, não encontrarei mais satisfação nele”. 39Nós não somos desertores, para a perdição. Somos homens da fé, para a salvação da alma.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 37,3-4.5-6.23-24.39-40 (R: 39a)
– A salvação de quem é justo vem de Deus!
R: A salvação de quem é justo vem de Deus!
– Confia no Senhor e faze o bem, e sobre a terra habitarás em segurança. Coloca no Senhor tua alegria, e ele dará o que pedir teu coração.
R: A salvação de quem é justo vem de Deus!
– Deixa aos cuidados do Senhor o teu destino; confia nele, e com certeza ele agirá. Fará brilhar tua inocência como a luz, e o teu direito, como o sol do meio-dia.
R: A salvação de quem é justo vem de Deus!
– É o Senhor quem firma os passos dos mortais e dirige o caminhar dos que lhe agradam; mesmo se caem, não irão ficar prostrados, pois é o Senhor quem os sustenta pela mão.
R: A salvação de quem é justo vem de Deus!
– A salvação dos piedosos vem de Deus; ele os protege nos momentos de aflição. O Senhor lhes dá ajuda e os liberta, defende-os e protege-os contra os ímpios, e os guarda porque nele confiaram.
R: A salvação de quem é justo vem de Deus!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Graças te dou, ó Pai, Senhor dos céus e da terra, pois revelaste os mistérios do seu reino aos pequeninos, escolhendo-os aos doutores! (Mt 11,25).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 4, 26-34.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”. 30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santa Veridiana
- por Padre Alexandre Fernandes
Santa Veridiana era conhecida pela sua compaixão para com os mais pobres
Nasceu em Florença, em 1182, numa família nobre que respeitava as opções de Veridiana com relação a Deus. Ela trabalhou com um tio comerciante e o ajudou a administrar seus negócios, mas percebeu que sua vocação era muito mais do que administrar; era deixar que o próprio Deus cuidasse dela e de sua história.
Jovem de oração, de penitência e contemplação, priorizou a vontade do Senhor, por isso chegou a um ponto em que deixou tudo para seguir a vontade de Deus, trabalhando e servindo-O por meio dos pobres e peregrinos.
Na época em que administrava o comércio do tio, já ajudava os pobres. Mas, agora, ela se doava para os seus irmãos mais necessitados. Ficou gravemente ferida, quando, ao fazer uma peregrinação pelos túmulos de São Pedro e São Paulo, foi a pé e descalça pedindo esmolas. Santa Veridiana ofereceu todos esses seus sacrifícios pela conversão das pessoas.
Uma mulher possuída pelo Espírito Santo, foi dócil à vontade de Deus e viveu o restante de sua vida acamada, enferma, oferecendo-se ao Senhor, aconselhando muitas pessoas e intercedendo por todos. Seus alimentos eram pão e água.
Mulher penitente e feliz, viveu até os 60 anos de idade consumindo-se de amor a Deus para o bem dos irmãos.
Santa Veridiana, neste tempo marcado pelo hedonismo e pela busca desenfreada por prazeres, nos aponta, denuncia que não é este o caminho da felicidade, mas apenas um: Nosso Senhor Jesus Cristo.
Peça a intercessão dessa santa para que todos possam, na oração, na penitência, na doação ao irmão, encontrarmos a verdadeira felicidade.
Santa Veridiana, rogai por nós!
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Sem saber como… (Mc 4,26-34)
Eis o homem diante de um mistério: lançou uma semente e foi dormir. E a semente brota e cresce, sem que o semeador possa explicar este milagre. Um dinamismo interior orienta e realiza o processo da germinação. Haverá alguém que não dorme – nem de noite, nem dia – por trás de tudo isso? O comentário é de Hans Urs Von Balthasar:
“São duas as parábolas sobre o crescimento do Reino de Deus, narradas por Jesus no Evangelho”. A intenção das duas parábolas é diferente. A primeira põe o acento sobre o próprio crescimento da semente. O cultivador não dá ao grão a força de crescer, nem pode influenciar o crescimento em suas sucessivas etapas: ‘por si mesma, a terra produz seu fruto’.
Não que o homem nada tenha a fazer: ele deve preparar a terra e lançar a semente. Entretanto, não é ele quem executa o trabalho principal, mas Deus – e é isto que a parábola sublinha! – enquanto o homem ‘dorme ou se levanta’, um dia após o outro.
O Reino de Deus tem suas leis próprias, que não lhe são impostas pelo homem; não é um produto da técnica. O germe, a erva, a espiga, o grão, o tempo de amadurecer – tudo isto se encontra do lado da estrutura própria do Reino, não do lado do desempenho humano.
É o que mostra a segunda parábola: o fruto desenvolvido, que de início parecia ao homem ridiculamente pequeno, revela-se finalmente como muito maior que tudo o que o próprio homem teria produzido.
E a seara? Será a messe de Deus, mas em favor do homem que preparou o solo e lançou a semente. Deus colhe, como diz o preguiçoso da parábola dos talentos, ‘onde ele não semeou’, mas, no fundo, para um e para o outro, pois ele estabelece o servo trabalhador sobre um grande domínio.”
Esta certeza deve trazer a todos nós uma dose de serenidade: não somos os “donos” do Reino, nem temos a chave milagrosa de seu crescimento. Os vários “departamentos” desse Reino – a família, a escola, a paróquia, a sociedade maior – estão aos cuidados de um Senhor que conhece os segredos da plantação. Não sabemos como, mas ele sabe…
E assim é: nunca “saberemos”. Não é da nossa conta. O que nos cabe é semear e deixar que o Senhor da messe providencie a colheita. Não podia ser mais simples…
Orai sem cessar: “Felizes vós que semeais…” (Is 32,20)
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