28 de Fevereiro de 2019

7ª Semana do Tempo Comum - Quinta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

QUINTA FEIRA DA VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).

 

Oração do dia

 

– Concedei, ó Deus todo poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Eclo 5,1-10

– Leitura do livro do Eclesiástico: 1Não confies nas tuas riquezas e não digas: “Basta-me viver!” 2Não deixes que tua força te leve a seguir as paixões do coração. 3Não digas: “Quem terá poder sobre mim?” ou: “Quem me fará prestar contas das minhas ações?”, pois o Senhor, com certeza, te castigará. 4Não digas: “Pequei, e que de mal me aconteceu?”, pois o Altíssimo é paciente. 5Não percas o temor por causa do perdão, cometendo pecado sobre pecado. 6Não digas: “A misericórdia do Senhor é grande, ele me perdoará a multidão dos meus pecados!”, 7pois dele procedem misericórdia e cólera, e sua ira se abate sobre os pecadores. 8Não demores em voltar para o Senhor, e não adies de um dia para outro, 9pois a sua cólera vem de repente e, no dia do castigo, serás aniquilado. 10Não te apóies em riquezas injustas, pois elas de nada te valerão no dia da desgraça.

 

– Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 1,1-2.3.4.6 (R: Sl 39,5a)

 

– É feliz quem a Deus se confia!
R: É feliz quem a Deus se confia!

– Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados, nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus e a medita, dia e noite, sem cessar.

R: É feliz quem a Deus se confia!

– Eis que ele é semelhante a uma árvore que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.

R: É feliz quem a Deus se confia!

– Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento. Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.

R: É feliz quem a Deus se confia!
 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Acolhei a palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (2Tm 1,10).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,41-50.

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 41disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E se alguém escandalizar um desses pequeninos que crêem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.

 

– Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!

Santos Romão e Lupicino

- por Padre Alexandre Fernandes

Santos Romão e Lupicino, fundaram um mosteiro baseado nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano

São Romão entrou para a vida religiosa com 35 anos, na França, onde nasceram os dois santos de hoje. Ele foi discernindo sua vocação, que o deixava inquieto, apesar de já estar na vida religiosa. Ao tomar as constituições de Cassiano e também o testemunho dos Padres do deserto, deixou o convento e foi peregrinar, procurando o lugar onde Deus o queria vivendo.

Indo para o Leste, encontrou uma natureza distante de todos e percebeu que Deus o queria ali.

Vivia os trabalhos manuais, a oração e a leitura, até o seu irmão Lupicino, então viúvo, se unir a ele. Fundaram então um novo Mosteiro, que se baseava nas regras de São Pacômio, São Basílio e Cassiano.

Romão tinha um temperamento e caminhada espiritual onde com facilidade era dado à misericórdia, à compreensão e tolerância. Lupicino era justiça e intolerância. Nas diferenças, os irmãos se completavam, e ajudavam aos irmãos da comunidade, que a santidade se dá nessa conjugação: amor, justiça, misericórdia, verdade, inspiração, transpiração, severidade, compreensão. Eles eram iguais na busca da santidade.

O Bispo Santo Hilário ordenou Romão, que faleceu em 463. E em 480 vai para a glória São Lupicino.

Santos Romão e Lupicino, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Um copo d’água… (Mc 9,41-50)

 

            Definitivamente, o Reino de Deus não tem afinidade com os reinos dos homens. Entre nós, corremos atrás de coisas grandiosas. O ricaço é o primeiro a assinar no livro de ouro, para que sua doação polpuda salte aos olhos de todos. O artista quer ver seu nome em letras de neon. O político sonha com a estátua de bronze…

 

            E Jesus de Nazaré – ah! esse estranho Jesus! – vem nos falar de um copo d’água?! O que vale um copo de água neste oceano de vaidades? Ora, vale a intenção com que ele foi dado. Nas palavras do Mestre, “quem vos der um copo d’água para beber porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa”. (Mc 9,41)

 

            Uma rápida corrida de olhos pelo ensinamento de Jesus nos quatro Evangelhos logo deixará ver como o Mestre presta atenção em coisas pequenas: o lírio do campo, o fio de cabelo, o pequeno pardal, a moedinha perdida, uma única ovelhinha entre cem… O olhar de Jesus não se concentra em pirâmides e palácios grandiosos, mas se volta para a criancinha, a viúva pobre, o grão de trigo, os cachorrinhos.

 

            Para onde estamos olhando? O político salvador da pátria? O craque bola de ouro? O cantor da moda? Por que não enxergamos o mendigo no portão, cuja voz não passa do interfone? Por que economizamos sorrisos e abraços? Por que não notamos os necessitados?

 

            Até em relação aos santos, preferimos os “importantes”, aqueles que fizeram grandes milagres, entre êxtases e estigmas, reanimaram mortos e expulsaram demônios. Enquanto isso, uma santa “pequena”, que tem um diminutivo no nome – a Teresinha! – diz exatamente o contrário: “Madre querida, estais vendo que sou uma alma muito pequena que só pode oferecer a Deus coisas muito pequenas. Assim mesmo, acontece-me com frequência deixar escapar esses pequenos sacrifícios que dão tanta paz e tranquilidade à alma”. (Manuscrito C, 328)

 

            É óbvio que estamos desperdiçando nosso tempo. Jogando no lixo a oportunidade de fazer o bem no dia a dia, de viver uma santidade de detalhes, de coisinhas simples, ao alcance de todos.

 

            E ali – bem ali – está o copo d’água que podemos estender a quem tem sede. Tão simples! Tão fácil!

 

Orai sem cessar: “O Senhor exaltou os humildes…” (Lc 1,52)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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