04 de Outubro de 2019

26ª semana comum Sexta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEXTA FEIRA – SÃO FRANCISCO DE ASSIS – RELIGIOSO E FUNDADOR

(branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que fizestes são Francisco de Assis assemelhar-se ao Cristo por uma vida de humildade e pobreza, concedei que trilhando o mesmo caminho, sigamos fielmente o vosso Filho, unindo-nos convosco na perfeita alegria. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Br 1,15-22

 

– Leitura do livro de Baruc: 15Ao Senhor nosso Deus, cabe justiça; enquanto a nós, resta-nos corar de vergonha, como acontece no dia de hoje aos homens de Judá e aos habitantes de Jerusalém, 16aos nossos reis, nossos príncipes e sacerdotes, aos nossos profetas e nossos antepassados: 17pois pecamos diante do Senhor e lhe desobedecemos 18e não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, que nos exortava a viver de acordo com os mandamentos que ele pôs sob os nossos olhos. 19Desde o dia em que o Senhor tirou nossos pais do Egito, até hoje, temos sido desobedientes ao Senhor nosso Deus, procedemos inconsideradamente, deixando de ouvir sua voz; 20por isso perseguem-nos as calamidades e a maldição, que o Senhor nos lançou por meio de Moisés, seu servo, no dia em que tirou nossos pais do Egito, para nos dar uma terra que mana leite e mel, como de fato é hoje. 21Mas não escutamos a voz do Senhor, nosso Deus, como vem nas palavras dos profetas que ele nos enviou, 22e entregamo-nos, cada qual, às inclinações do perverso coração, para servir a outros deuses e praticar o mal aos olhos do Senhor, nosso Deus!

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 79,1-2.3-5.8.9 (R: 9b)

 

– Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

 

– Invadiram vossa herança os infiéis, profanaram, ó Senhor, o vosso templo. Jerusalém foi reduzida a ruínas! Lançaram aos abutres como pasto os cadáveres dos vossos servidores; e às feras da floresta entregaram os corpos dos fiéis, vossos eleitos.

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

 

– Derramaram o seu sangue como água em torno das muralhas de Sião, e não houve quem lhes desse sepultura! Nós nos tornamos o opróbrio dos vizinhos, um objeto de desprezo e zombaria para os povos e àqueles que nos cercam. Mas até quando, ó Senhor, veremos isto? Conservareis eternamente a vossa ira? Como fogo arderá a vossa cólera?

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

 

– Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo.

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

 

– Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados!

R: Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos, ó Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba!

(Sl 94,8).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,13-16

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus: 13Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Carfanaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Francisco de Assis

- por Padre Alexandre Fernandes

São Francisco de Assis, o mais santo dos italianos, renunciou toda a riqueza

Francisco nasceu em Assis, na Úmbria (Itália) em 1182. Jovem orgulhoso, vaidoso e rico, que se tornou o mais italiano dos santos e o mais santo dos italianos. Com 24 anos, renunciou a toda riqueza para desposar a “Senhora Pobreza”.

Aconteceu que Francisco foi para a guerra como cavaleiro, mas doente ouviu e obedeceu a voz do Patrão que lhe dizia: “Francisco, a quem é melhor servir, ao amo ou ao criado?”. Ele respondeu que ao amo. “Porque, então, transformas o amo em criado?”, replicou a voz. No início de sua conversão, foi como peregrino a Roma, vivendo como eremita e na solidão, quando recebeu a ordem do Santo Cristo na igrejinha de São Damião: “Vai restaurar minha igreja, que está em ruínas”.

Partindo em missão de paz e bem, seguiu com perfeita alegria o Cristo pobre, casto e obediente. No campo de Assis havia uma ermida de Nossa Senhora chamada Porciúncula. Este foi o lugar predileto de Francisco e dos seus companheiros, pois na Primavera do ano de 1200 já não estava só; tinham-se unido a ele alguns valentes que pediam também esmola, trabalhavam no campo, pregavam, visitavam e consolavam os doentes. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos. Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho.

Em 1223, foi a Roma e obteve a aprovação mais solene da Regra, como ato culminante da sua vida. Na última etapa de sua vida, recebeu no Monte Alverne os estigmas de Cristo, em 1224.

Já enfraquecido por tanta penitência e cego por chorar pelo amor que não é amado, São Francisco de Assis, na igreja de São Damião, encontra-se rodeado pelos seus filhos espirituais e assim, recita ao mundo o cântico das criaturas. O seráfico pai, São Francisco de Assis, retira-se então para a Porciúncula, onde morre deitado nas humildes cinzas a 3 de outubro de 1226. Passados dois anos incompletos, a 16 de julho de 1228, o Pobrezinho de Assis era canonizado por Gregório IX.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Ai de ti! (Lc 10,13-16)

 

            De Jesus, o manso cordeiro de Deus, a gente só esperaria por bênçãos, nunca por maldições. No entanto, aí estão as suas palavras fulminantes dirigidas a Corazim e Betsaida. Nem mesmo sua cidade de adoção, Cafarnaum, escapa dessas cominações.

 

            Jesus se dirige a um auditório de judeus, os quais conheciam muito bem o Antigo Testamento, onde aparecem cidades que foram ricas e famosas, mas acabaram em ruínas. Na passagem paralela, no Evangelho de Mateus (11,24), Jesus citou uma delas: Sodoma. Em Gênesis 19, narra-se a destruição de Sodoma, sob o fogo do céu, devido à corrupção generalizada dos costumes de sua sociedade.

 

            É fácil imaginar a reação de seus ouvintes: aquilo que devia ser um apelo à conversão acaba por acirrar ainda mais os ânimos contra Jesus. Não raro, o convite à mudança de vida é ouvido em um movimento de defesa, quando os corações endurecem ainda mais…

 

            Jesus atravessara estradas e aldeias, pregara nas esquinas e nos pórticos do Templo. Mais ainda: não economizara os “sinais” que poderiam abrir as mentes e os corações, curando os doentes, libertando os possessos e anunciando a misericórdia de Deus. Tudo em vão.

 

            Por isso a observação do Mestre: cidades pagãs, verdadeiros símbolos de impureza, como Tiro e Sidônia, teriam voltado o coração para Deus se tivessem presenciado os mesmos milagres. Os judeus daquele tempo tinham sido o alvo preferencial da mensagem divina, mas não a acolheram.

 

            Santo Agostinho escreveu: “Temo o Deus que passa e não volta”. Ou seja, existe um momento da Graça de Deus, e nós corremos grande risco quando não aproveitamos essa oportunidade especial que a misericórdia divina nos oferece.

 

            Também nós, nascidos e criados em uma sociedade com raízes cristãs, somos alvo da “preferência” do Céu. Temos a Palavra de Deus, hoje impressa em centenas de idiomas, os Sacramentos, os grupos de oração, o Evangelho em todos os meios de comunicação. Temos o que outras épocas não tiveram no passado, o que outros grupos sociais não têm no presente. Este privilégio traz anexa uma responsabilidade. Ninguém admire que, neste Evangelho, Jesus faça alusão a uma “sentença” no juízo final.

 

Orai sem cessar: “Eu te pertenço, salva-me!” (Sl 119,94)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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