XXX Domingo do Tempo Comum
Quantas vezes confiamos apenas em nós? Dizemos que vamos entregar para Deus, mas não entregamos, não confiamos na providência divina, não confiamos que Deus conduz nossa vida. No templo, o fariseu permanece em pé olhando para si mesmo, altivo, falando: “Sou bom, pago o dízimo, não sou adúltero, não sou como este daí, pecador”. O publicano nem se atreve a levantar os olhos, olha para suas misérias e para a misericórdia de Deus. Bate no peito: “Tende piedade de mim porque sou pecador”.
Olhamos muito os defeitos dos outros, as imperfeições do outro explodem nossos olhos. Na igreja precisamos ter a pastoral da integração, que não acolha apenas os justos e perfeitos, mas acolha a todos. A igreja é como se fosse um hospital de campanha, de guerra, onde chegam os feridos, os machucados pelo pecado, precisando de cuidados.
O publicano sai justificado, o que significa um conceito na medida certa daquilo que se é. Quando tomamos a dimensão do que somos, nem mais nem menos, estamos verdadeiramente nos apresentando ao Pai. Às vezes vemos alguma coisa na pessoa, uma imperfeição, e nos colocamos em um lugar que não é nosso. Só Deus julga a partir de dentro, a partir do coração. Para termos a dimensão da nossa miséria não é preciso ir ao tribunal dos homens, que é injusto e julga por ouvir dizer. No tribunal da misericórdia, que é a confissão, sabemos que somos pecadores, temos consciência dos pecados que existem em nós e não entramos em desespero por piores que eles sejam. Pedimos a Deus que nos dê força de nos convertermos, de mudar de vida. E ele nos fala: “Levanta-te e anda”, porque não importa onde você caiu, mas que você se levantou.
Deus quis dar o pão, que é Ele, para os imperfeitos. O desafio é reconhecer nossos defeitos e moldar a vida de acordo com a vida de Jesus. A igreja é o lugar dos imperfeitos, onde vamos buscar a perfeição naquele que é perfeito e nos convida à perfeição. Deus nos enxerga por dentro, não pelo que ouviu dizer, escaneia nossa alma, nossos pensamentos. Olhemos para Deus batendo no peito, pedindo perdão.
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