22 de janeiro de 2023
Terceira semana tempo comum- Domingo
- por Pe. Alexandre
III DOMINGO DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio, III semana do saltério)
Antífona da entrada
– Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor, majestade e beleza brilham no seu templo santo (Sl 95,1.6).
Oração do dia
– Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Is 8,23b-9,3
– Leitura do livro do profeta Isaías: 23bNo tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações. 9,1O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. 2Fizeste crescer a alegria, e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. 3Pois o jugo que oprimia o povo – a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais – tu os abateste como na jornada de Madiã.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 27,1.4.13-14 (R: 1a.1c)
– O Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
R: O Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
– O Senhor é minha luz e salvação; de quem eu terei medo? O Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?
R: O Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
– Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo: habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida; saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.
R: O Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
– Sei que a bondade do Senhor hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!
R: O Senhor é minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
2ª Leitura: 1 Cor 1,10-13.17
– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: 10Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no pensar e no falar. 11Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós. 12Digo isto, porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de Apolo”; ou: “Eu sou de Cefas”; ou: “Eu sou de Cristo”! 13Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados? 17De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Pois do reino a Boa-nova Jesus Cristo anunciava, e as dores do seu povo, com poder, Jesus curava (Mt 4,23).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 4,12-23
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– 12Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. 13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15“Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. 17Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. 18Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles imediatamente deixando a barca e o pai o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. 23Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Vicente de Saragoça, padroeiro de Lisboa
- por Pe. Alexandre
Origens
São Vicente de Saragoça nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade. Desde pequeno, foi entregue pelos pais à direção de Valério, Bispo de Saragoça, que contribuiu para sua formação na piedade e o fez seguir na ciência da religião e nas letras humanas.
Vida Sacerdotal
Ordenado diácono pelo santo Prelado, Vicente exerceu o cargo com dignidade e felizes resultados. Eloquente em suas palavras e obras, não só ensinava como também fortalecia os fiéis.
Dificuldades
São Vicente de Saragoça viveu num período muito difícil da Igreja. Pelos fins do ano 303, Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declarar a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados.
São Vicente de Saragoça: escolheu dedicar-se a Deus
Pregador
Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Daciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor. Daciano, querendo assinalar o seu zelo e atividade em fazer cumprir os decretos imperiais, mandou prender Vicente.
Páscoa
Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Daciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele foi martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Daciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus. Isto sucedeu-se no ano 304.
Modelo
São Vicente de Saragoça tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.
Minha oração
“Ao povo português pedimos a proteção e a devoção para com Jesus, que sejam sempre uma nação de valores cristãos e zelo católico. Por esse martírio, conceda aos seus descendentes a mesma fé. Amém”
São Vicente de Saragoça, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
E foi morar em Cafarnaum… (Mt 4,12-23)
Por que Jesus deixou Nazaré e se transferiu para Cafarnaum? Parece que não levou em conta a fama da nova cidade… À beira do Lago de Genesaré, está a terra de Zabulon e Neftali, as duas primeiras tribos que experimentaram o castigo dos assírios e foram arrastadas para o exílio (cf. 2Rs 15,29). Ali mesmo, neste centro comercial, passam e se misturam pagãos, fenícios e samaritanos, deixando as sementes de seus sórdidos costumes. Pois é ali que Jesus vem residir…
Para espanto dos fariseus da Judeia e dos saduceus do Templo, Jesus escolhe a companhia dos corrompidos, dos desprezados, dos que vivem à margem. Nas palavras de Hébert Roux, “é para a parte mais desprezada de Israel – a Galileia dos pagãos – aquela que melhor representa o sofrimento e a miséria espiritual de seu povo, é para as ‘ovelhas perdidas da casa de Israel’ que Jesus se volta primeiro para anunciar a Boa Nova. Esta é destinada àqueles que, sendo pobres e desprezados, têm a oportunidade de acolher a graça que lhes é dada”.
Como será acolhida a presença de Jesus, o novo Morador? Terão olhos de ver e ouvidos de ouvir? Como reagirão aos milagres e às palavras do novo Visitante? Valerá a pena esse itinerário na direção do pecador?
Se o leitor estender a vista até o capítulo 11 do mesmo Evangelho, concluirá de modo negativo: “E tu, Cafarnaum, acaso serás elevada até o céu? Até o inferno serás rebaixada! Pois se os milagres realizados no meio de ti se tivessem produzido em Sodoma, ela existiria até hoje! Eu, porém, te digo: no dia do juízo, Sodoma terá uma sentença menos dura que tu!” (Mt 11,23-24)
Desperdício da Graça? Parece. E acendem-se para nós as luzes vermelhas do alerta máximo. Estamos tão acostumados à pregação do Deus misericordioso – e ele o é de fato! –, que acabamos por fazer corpo mole, deixamos de cooperar com a Graça e acabamos indiferentes em relação a nosso destino último.
De que adianta o anúncio de um novo Reino, a proclamação de uma Boa Nova, se a nossa atitude continua velha? Como observa Hébert Roux, “o tempo em que o Reino está próximo, isto é, em que Deus se aproxima de seu povo para exercer sua justiça, é também o tempo em que é possível arrepender-se, ou seja, reconhecer para si mesmo a necessidade de uma justiça nova: a novidade da mensagem implica a novidade daquele que recebe a mensagem”.
Nos últimos tempos, Jesus tem-se mudado para muitas cidades, muitas paróquias, muitas comunidades. Como terão recebido o novo morador?
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