17 de setembro de 2022

24a Semana do Tempo Comum- Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XXIV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Ouvi, Senhor, as preces de vosso servo e do vosso povo eleito: dai a paz àqueles que esperam em vós, para que vossos profetas sejam verdadeiros

(Eclo 36,18).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, criador de todas as coisas, volvei para nós o vosso olhar e, para sentirmos em nós a ação do vosso amor, fazei que vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Cor 15,35-37.42-49

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos, 35alguém perguntará? Como ressuscitam os mortos? 36Insensato! O que semeias não nasce sem antes morrer. 37E, quando semeias, não semeias o corpo da planta, que há de nascer, mas o simples grão, como o de trigo, ou de alguma outra planta. 42Pois assim será também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em corrupção e ressuscita-se em incorrupção. 43Semeia-se em ignomínia, e ressuscita-se em glória. Semeia-se em fraqueza, e ressuscita-se em vigor. 44Semeia-se um corpo animal, e ressuscita-se um corpo espiritual. Se há um corpo animal, há também um espiritual. 45Por isso está escrito: o primeiro homem, Adão, “foi um ser vivo”. O segundo Adão é um espírito vivificante. 46Veio primeiro não o homem espiritual, mas o homem natural; depois é que veio o homem espiritual. 47O primeiro homem, tirado da terra, é terrestre; o segundo homem vem do céu. 48Como foi o homem terrestre, assim também são as pessoas terrestres; e como é o homem celeste, assim também vão ser as pessoas celestes. 49E como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 56,10.11-12.13-14 (R: 14c)

 

– Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!
R: Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!

– Meus inimigos haverão de recuar em qualquer dia em que eu vos invocar; tenho certeza: o Senhor está comigo.

R: Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!

– Confio em Deus e louvarei sua promessa; é no Senhor que eu confio e nada temo: que poderia contra mim um ser mortal?

R: Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!

– Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz, e vos oferto um sacrifício de louvor, porque da morte arrancastes minha vida e não deixastes os meus pés escorregarem, para que eu ande na presença do Senhor, na presença do Senhor na luz da vida.

R: Na presença do Senhor, andarei na luz da vida!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos, até o fim perseverantes!

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 8,4-15

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 4reuniu-se uma grande multidão, e de todas as cidades iam ter com Jesus. Então ele contou esta parábola: 5“O semeador saiu para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada e os pássaros do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre pedras; brotou e secou, porque não havia umidade. 7Outra parte caiu no meio de espinhos; os espinhos cresceram juntos, e a sufocaram. 8Outra parte caiu em terra boa; brotou e deu fruto, cem por um”. Dizendo isso, Jesus exclamou: “Quem tem ouvidos para ouvir ouça”. 9Os discípulos lhe perguntaram o significado dessa parábola. 10Jesus respondeu: “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus. Mas aos outros, só por meio de parábolas, para que olhando não vejam, e ouvindo não compreendam. 11A parábola quer dizer o seguinte: A semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouviram, mas, depois, vem o diabo e tira a Palavra do coração deles, para que não acreditem e não se salvem. 13Os que estão sobre a pedra são aqueles que, ouvindo, acolhem a Palavra com alegria. Mas eles não têm raiz: por um momento acreditam; mas na hora da tentação voltam atrás. 14Aquilo que caiu entre os espinhos são os que ouvem, mas, com o passar do tempo são sufocados pelas preocupações, pela riqueza e pelos prazeres da vida, e não chegam a amadurecer. 15E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto com sua perseverança”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Roberto Belarmino

- por Pe. Alexandre

Celebramos o grande santo jesuíta Belarmino, que nasceu em Montepulciano, no centro da Itália, em 1542. Querido pelos pais e de muitas qualidades, era irmão de cinco religiosos, dentre os doze, que enriqueciam a família dos dedicados pais.

Quando os padres da Companhia de Jesus abriram um colégio em Montepulciano, Roberto foi um dos primeiros alunos na matrícula e no desempenho. O contato com os padres fez com que o jovem mudasse sua primeira ideia de ser médico para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuíta.

Depois de conseguir a permissão do pai, que ao contrário da mãe apresentava uma certa resistência frente à opção do amável filho, Belarmino, com 18 anos, iniciou e concluiu de maneira brilhante sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, tanto que, antes de ser ordenado sacerdote, foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica, onde ficou dez anos.

Teve importante papel na aplicação do Concílio de Trento, já que ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé. Nesse sentido, Roberto muito contribuiu ao escrever sua obra de nome “Controvérsias” e o livro chamado “Catecismo”. Em sua obra “Controvérsias”, Belarmino explana os seus três grandes amores. Trata da Palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice.

Era também diretor espiritual do Colégio Romano, tendo sob sua responsabilidade a formação ascética dos alunos que muito o respeitavam e admiravam. O Papa Clemente VIII o elevou a cardeal com esta motivação: “Nós o escolhemos porque não há na Igreja de Deus outro que possa equiparar-se ele em ciência e sabedoria”.

Quando ficou muito doente, em setembro de 1621, os confrades foram testemunhas do último diálogo dele com Deus: “Ó meu Deus, dai à minha alma asas de pomba, para que possa voar para junto de vós”. Morreu no dia 17 de setembro de 1621.

São Belarmino ensinou, com grande clareza e com o exemplo de sua própria vida, que não pode haver uma verdadeira reforma da Igreja, se antes não houver a nossa reforma pessoal e a conversão do nosso coração.

Reconhecido por sua grande fé, foi beatificado em 1923 pelo Papa Pio XI. Sua canonização foi proclamada em 1930 e, em 1931, pelos seus escritos, recebeu o título de Doutor da Igreja.

São Roberto Belarmino, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

E dão fruto com sua perseverança… (Lc 8,4-15)

 

Em geral, os comentaristas da “parábola do semeador” se detêm em fazer a distinção entre a natureza dos “quatro terrenos”, como se o resultado da semeadura fosse mera reação automática, natural, devida simplesmente às qualidades do terreno. Boa terra, muitos frutos; terra ruim, esterilidade.

 

Até que seria bom, se assim fosse. Se não déssemos fruto, poderíamos justificar-nos por nossa “natureza”: eu sou assim. Pedregoso. Espinhento. Deserto sáfaro. Logo, não teríamos qualquer culpa nem responsabilidade pelo fracasso da colheita. “Afinal, eu não pedi para alguém investir em mim!”

 

Mas não foi bem isto que Jesus ensinou. Além do “coração reto e bom”, que ouve e acolhe a palavra, o Mestre fala da “perseverança”. E isto não é “natural”. É sobrenatural! Depende do esforço disciplinado de quem decide cooperar com a graça de Deus, com sua Palavra, com a “semente” depositada em nosso coração. Seus frutos exigem tempo, permanência, continuidade.

 

A perseverança é uma virtude fundamental. O próprio Senhor já nos havia alertado: “Sereis odiados de todos por causa de meu nome; mas aquele que perseverar até o fim, será salvo”. (Mt 10,23.) E ainda: “Diante do progresso crescente da iniquidade, a caridade de muitos se esfriará. Entretanto, aquele que perseverar até o fim será salvo”. (Mt 24,12-13.)

 

Ao afirmar que “eram muitos os chamados, mas poucos os escolhidos”, o Mestre não pensava em algum tipo de predestinação, com pessoas previamente selecionadas para a perdição eterna. Devia, ao contrário, ter em mente nossa volubilidade em relação às coisas do Reino, nossa inércia em dar continuidade à missão iniciada, a prontidão em desanimar diante dos obstáculos do Mal.

 

A perseverança, por incrível que pareça, é inseparável da confiança. Em outra parábola (cf. Mc 4,26-29), Jesus fala do homem que lança a semente à terra e, em seguida, dorme. E enquanto ele dorme, a semente brota e cresce. Isto é, feita a sua parte, confia em Deus e a ele se abandona, sabendo que o Reino traz em seu interior um dinamismo que garante seu crescimento. Não precisa, todos os dias, cavar em volta da semente lançada a terra (como fazem as crianças a quem a professora mandou plantar um feijão no potinho de iogurte!), para ver se o grão está brotando.

 

Todo desanimado é um desconfiado. Por isso não persevera. Não dá fruto…

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