05 de Maio de 2022
3a Semana da Páscoa Quinta-feira
- por Pe. Alexandre
QUINTA FEIRA – III SEMANA DA PÁSCOA
(branco, ofício do dia)
Antífona da entrada
– Cantemos ao Senhor: ele se cobriu de glória. O Senhor é minha força e o meu cântico: foi pra mim a salvação, aleluia! (Ex 15,1).
Oração do dia
– Ó Deus eterno e onipotente, que nestes dias vos mostrais tão generoso, dai-nos sentir de mais perto de vosso amor paterno para que, libertados das trevas do erro, sigamos com firmeza a luz da verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: At 8,26-40
– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 26um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: “Prepara-te e vai para o sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza. O caminho é deserto”. Filipe levantou-se e foi. 27Nisso apareceu um eunuco etíope, ministro de Candace, rainha da Etiópia, e administrador geral do seu tesouro, que tinha ido em peregrinação a Jerusalém.28Ele estava voltando para casa e vinha sentado no seu carro, lendo o profeta Isaías. 29Então o Espírito disse a Filipe: “Aproxima-te desse carro e acompanha-o”. 30Filipe correu, ouviu o eunuco ler o profeta Isaías e perguntou: “Tu compreendes o que estás lendo?”31O eunuco respondeu: “Como posso, se ninguém mo explica?” Então convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele. 32A passagem da Escritura que o eunuco estava lendo era esta: “Ele foi levado como ovelha ao matadouro; e qual um cordeiro diante do seu tosquiador, ele emudeceu e não abriu a boca. 33Eles o humilharam e lhe negaram justiça; e seus descendentes, quem os poderá enumerar? Pois sua vida foi arrancada da terra”.34E o eunuco disse a Filipe: “Peço que me expliques de quem o profeta está dizendo isso. Ele fala de si mesmo ou se refere a algum outro?” 35Então Filipe começou a falar e, partindo dessa passagem da Escritura, anunciou Jesus ao eunuco. 36Eles prosseguiram o caminho e chegaram a um lugar onde havia água. 37Então o eunuco disse a Filipe: “Aqui temos água. O que impede que eu seja batizado?”38O eunuco mandou parar o carro. Os dois desceram para a água e Filipe batizou o eunuco. 39Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe. O eunuco não o viu mais e prosseguiu sua viagem, cheio de alegria. 40Filipe foi parar em Azoto. E, passando adiante, evangelizava todas as cidades até chegar a Cesareia.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 66,8-9.16-17.20 (R: 1)
– Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
– Nações, glorificai ao nosso Deus, anunciai em alta voz o seu louvor! É ele quem dá vida à nossa vida, e não permite que vacilem nossos pés.
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
– Todos vós que a Deus temeis, vinde escutar: vou contar-vos todo bem que ele me fez! Quando a ele o meu grito se elevou, já havia gratidão em minha boca!
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
– Bendito seja o Senhor Deus que me escutou, não rejeitou minha oração e meu clamor, nem afastou longe de mim o seu amor!
R: Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu sou o pão vivo, descido do céu, quem deste pão come, sempre há de viver (Jo 6,51).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 6,44-51.
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos Profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Ângelo
- por Pe. Alexandre
Nasceu em Jerusalém, em 1185, numa família de tradição judaica.
Por meio de um sonho, converteu-se ao Cristianismo. Neste sonho, Nossa Senhora o visitou, dizendo que sua família receberia uma grande graça: o nascimento de uma nova criança, mesmo seus pais sendo de idade avançada.
E assim aconteceu. Ângelo percebeu o chamado de Deus, e recebeu, junto com seu irmão recém-nascido, a graça do santo Batismo.
Santo Ângelo abriu-se à vontade de Deus por meio da vida de oração e penitência. Quanto ao seu lugar na Igreja, fez experiência religiosa em vários mosteiros da Palestina e Ásia Menor, até que, ao passar o tempo num Carmelo, entrou na ordem consagrada a Nossa Senhora, a família Carmelita.
Da Itália foi para a Sicília, e já sacerdote, fez um belo trabalho apostólico.
Um homem dócil e corajoso. Certa vez, ao pregar, deparou-se com a graça da conversão de uma mulher que vivia no adultério com um senhor de muitas posses. Ela se abriu ao Evangelho, mas ele não. E este, mandou assassinar Santo Ângelo, que foi morto após uma pregação com apenas 34 anos.
Santo Ângelo, rogai por nós!
Meditaçao
- por Pe. Alexandre
Serão todos instruídos por Deus… (Jo 6,44-51)
Deus é a fonte de toda sabedoria (Eclo 1,1). É Deus quem derrama sobre nós a luz da ciência (Eclo 24,44). O Espírito de Deus é definido pela Escritura Sagrada como o “educador das almas” (Sb 1,5). Foi ele quem falou pelos profetas – como rezamos no Credo de Niceia e Constantinopla – revelando-nos os desígnios de Deus e seus planos de amor para a humanidade inteira.
O próprio Jesus disse aos discípulos que o conhecimento deles ainda era incompleto, mas o Espírito Santo viria para recordar-lhes tudo o que lhes ensinara (cf. Jo 14,26). Esse Mestre interior é que deu à Igreja, desde o início, a condição de levar adiante sua missão evangelizadora (cf. At 6,10; 9,31…).
E como é delicada sua ação educadora em nossos corações! Cioso de nossa liberdade – dom recebido quando criados à imagem e semelhança de um Deus absolutamente livre! -, o Espírito Santo se disfarça em nossa própria consciência. Os pensamentos mais íntimos, as sugestões mais profundas, certos movimentos de nossa memória, nossa sensibilidade, nossa vontade – tudo manifesta a ação do Espírito de Deus em nossas vidas.
E nos momentos de decisão, nas crises e tentações, tendo diante de nós as escolhas e opções capazes de definir nosso futuro eterno, aí “sopra” em nós de modo palpável o Espírito Santo. Conhecendo nossas fraquezas e as sequelas do pecado original, o Paráclito – advogado de defesa! – vem em nosso socorro, sugerindo (nunca impondo!) caminhos ao nosso livre arbítrio.
Quem procura ser dócil às moções do Espírito, vai sendo iluminado pela Sabedoria eterna, e se torna, por sua vez, capaz de acompanhar o caminho de outros irmãos. É assim com os pais que buscam na Palavra de Deus princípios e critérios para a educação dos filhos. Ou com os dirigentes que buscam na mesma fonte as diretrizes para conduzir o povo que lhes foi confiado.
O século XX teve o privilégio de testemunhar a notável ação do Espírito Santo na vida de homens e mulheres admiráveis: papas como João XXIII e João Paulo II; fundadores como São João Bosco e Madre Teresa de Calcutá; místicos como Charles de Foucauld e Marthe Robin; governantes como Konrad Adenauer e o Rei Balduíno, da Bélgica. Seus contemporâneos notavam neles uma “sabedoria” especial, que não brotava simplesmente da experiência humana, mas manifestava um “sopro do alto”.
Depende de nós a aquisição desta sabedoria…
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