15 de Dezembro de 2021

3a semana do Advento Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA DA III SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento I – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor vai chegar, não tardará: há de iluminar o que as trevas ocultam e se manifestará a todos os povos (Hab.2,3; 1Cor 4,5)

 

Oração do Dia

 

– Concedei nos ó Deus, onipotente, que as próximas festas do vosso Filho nos sejam remédio nesta vida e prêmio na vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 45,6b-8.18.21b-25

 

– Leitura do livro profeta Isaías 6Eu sou o Senhor, não há outro, 7eu formei a luz e criei as trevas, crio o bem-estar e as condições de mal-estar: sou o Senhor que faço todas estas coisas. 8Céus, deixai cair orvalho das alturas,
e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a salvação;
brote igualmente a justiça: eu, o Senhor, a criei.’ 18Isto diz o Senhor que criou os céus, o próprio Deus que fez a terra, a conformou e consolidou; não a criou para ficar vazia, formou-a para ser habitada: ‘Sou eu o Senhor, e não há outro.
21bQuem vos fez ouvir os fatos passados e soube predizê-los desde então?
Acaso não sou eu o Senhor? E não há deus além de mim. Não há um Deus justo, e que salve, a não ser eu. 22Povos de todos os confins da terra, voltai-vos para mim e sereis salvos, eu sou Deus e não há outro. 23Juro por mim mesmo: de minha boca sai o que é justo, a palavra que não volta atrás; todo joelho há de dobrar-se para mim, por mim há de jurar toda língua, 24dizendo: Somente no Senhor residem justiça e força’. Comparecerão perante ele, envergonhados, todos os que lhe resistem; 25no Senhor será justificada e glorificada toda a descendência de Israel.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl.  85, 9ab-10. 11-12. 13-14 (R: Is 45,8)

 

– Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o Justo esperado!

R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o Justo esperado!

– Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar; a paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração. Está perto a salvação dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra.
R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o Justo esperado!

– A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão;
da terra brotará a fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus.
R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o Justo esperado!

– O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas;
a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.
R: Que os céus lá do alto derramem o orvalho, que chova das nuvens o Justo esperado!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Tu que trazes boa nova a Sião, levanta tua voz e anuncia: eis que vem o Senhor Deus com poderio! (Is 40,9s).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 7,19-23

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

– Naquele tempo: João convocou dois de seus discípulos, 19e mandou-os perguntar ao Senhor: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’ 20Eles foram ter com Jesus, e disseram: ‘João Batista nos mandou a ti para perguntar: `És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” 21Nessa mesma hora, Jesus curou de doenças, enfermidades e espíritos malignos a muitas pessoas, e fez muitos cegos recuperarem a vista. 22Então, Jesus lhes respondeu: ‘Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e a Boa Nova é anunciada aos pobres. 23E feliz é aquele que não se escandaliza por causa de mim!’

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Cristiana

- por Pe. Alexandre

A vida de Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é coincidência, mas tudo é providência. Os Georgianos consideram-na o instrumento providencial da sua conversão.

Ela era uma escrava que vivia na Grécia nos princípios do século IV. Teria sido levada cativa para essa terra por guerreiros vitoriosos ou teria lá procurado voluntariamente asilo, fugindo da perseguição que se desencadeara na sua pátria? Ninguém sabia qual era sua verdadeira origem, só a conheciam pelo nome de Cristiana ou Nina (cristã). Era humilde e caridosa e fazia-se estimar.

Quando alguma criança caía doente nessas regiões, a mãe a levava de porta em porta, a fim de consultar as vizinhas sobre os melhores remédios a aplicar. Um dia, foi ter com ela uma pobre mulher, levando nos braços um menino moribundo. Ao vê-lo, a santa, cuja memória a Igreja celebra hoje, disse: “Eu não posso fazer nada, mas Deus Todo-Poderoso pode restituir-lhe a saúde, se for essa a Sua vontade”. Deitou o moribundo no seu próprio catre, cobriu-o com o seu cilício, orou a Deus em nome de Cristo e, a seguir, restituiu à mãe o filho curado.

A fama desse milagre chegou aos ouvidos da rainha da Geórgia, que estava prestes a morrer de uma doença desconhecida. Pediu ela que lhe chamassem Nina, mas esta, cuja inocência já tinha corrido muitos perigos, respondeu: “O meu lugar não é em palácio”. Foi então a rainha ter com a escrava e recuperou a saúde. Tanto ela como o rei Mirian quiseram recompensá-la com ricos presentes, mas Cristiana os recusou dizendo: “A única coisa que me faria feliz seria ver-vos abraçar a religião cristã”. Mirian levou muito tempo a tomar essa decisão, mas um dia, correndo grave perigo numa caçada às feras, prometeu que, se escapasse ileso, se tornaria cristão. Sabe-se efetivamente que, cerca do ano de 325, ele pediu a Constantino que lhe enviasse missionários. O Imperador enviou-lhe o Bispo Pedro e o Sacerdote Jacob, que batizaram “todos os habitantes da sua capital”, lançando assim os fundamentos do Cristianismo nesse país.

Santa Cristiana, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Ou devemos esperar por outro? (Lc 7,19-23)

 

Foram séculos de espera. O Senhor Yahweh prometera enviar o seu Ungido, que nos libertaria e nossos grilhões e mostraria o caminho para o Pai. Nos sonhos dos patriarcas e nos oráculos dos profetas, a figura do Messias Salvador se repetira ao longo de tantas gerações!

Como seria ele? Talvez como o arco-íris no céu azul de Noé… Talvez como o Isaac obediente que se abandonara a Abraão… Talvez como o justo José, vendido pelos irmãos… Talvez o “filho do homem” entrevisto por Daniel… Talvez o “anjo da aliança” prometido por Malaquias… Certamente o Servo sofredor de Isaías…

Agora, os tempos estão maduros. O Batizador garantiu que o Messias estava ao alcance de todos. O reino de Deus estava próximo. E é ele-mesmo, o Batista, quem envia seus discípulos, pedagogicamente, com aquela pergunta reveladora: “És tu mesmo o que devia vir? Ou devemos esperar por outro?”

Como é atual esta pergunta! Jesus já veio, morreu por nós e ressuscitou. Em sua vida pública, cumpriu os “sinais” anunciados pela Primeira Aliança. Ligou de novo o céu e a terra, como o arco-íris após o dilúvio universal. Deixou-se atar para o sacrifício, como Isaac. Foi vendido pelos homens, cuja carne assumira. E durante sua vida pública, curou os enfermos, libertou os possessos, limpou os leprosos, abriu o ouvido aos surdos e devolveu a visão aos cegos.

Ainda assim, há quem espere por outro… Esperam por outros sinais, por novos profetas, pelo Maitreya da Nova Era e pelo primeiro anticristo de plantão. Consideram Cristo ultrapassado, um anti-herói fracassado, incapaz de lhes dar a esperada “salvação”. Esperam por um líder vitorioso, que a todos conceda o Reino deste mundo, o reino de César, de preferência em moeda sonante ou sob a forma de prazeres sem dores, progresso sem esforço, paz sem cruz, com o máximo de conforto e comodidade…

E nós? Ainda esperamos por outro salvador? Ou nos basta a Vítima do Calvário, que nos deu o sangue até a última gota, mostrando que o amor se sacrifica para que os amados tenham a Vida?

É Jesus quem nos faz a oferta registrada no Apocalipse: “A quem tem sede, eu darei gratuitamente a beber da fonte da água viva.” (Ap 21,6b.)

            A quem seguiremos?

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.