13 de Novembro de 2021

2a semana do Tempo Comum Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XXXII SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Chegue até vós a minha súplica; inclinai vosso ouvido à minha prece (Sl 87,3)

 

Oração do dia

 

– Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Sb 18,14-16; 19,6-9

 

– Leitura do livro da Sabedoria: 18,14Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio de seu curso, 15a tua palavra onipotente, vinda do alto do céu, do seu trono real, precipitou-se, como guerreiro impiedoso, no meio de uma terra condenada ao extermínio; como espada afiada, levava teu decreto irrevogável; 16defendendo-se, encheu tudo de morte e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu. 19,6Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens, foi de novo remodelada em cada espécie de seres, para que teus filhos fossem preservados de todo perigo. 7Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento, e a terra enxuta surgiu onde antes era água: o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido, e as ondas violentas se transformaram em campo verdejante, 8por onde passaram, como um só povo, os que eram protegidos por tua mão, contemplando coisas assombrosas. 9Como cavalos soltos na pastagem e como cordeiros, correndo aos saltos, glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 105,2-3.36-37.42-43 (R: 5a)

 

– Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!
R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas as suas maravilhas! Gloriai-vos em seu nome que é santo, exulte o coração que busca a Deus!

R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Matou na própria terra os primogênitos, a fina flor de sua força varonil. Fez sair com ouro e prata o povo eleito, nenhum doente se encontrava em suas tribos.

R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

– Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria.

R: Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Pelo Evangelho o Pai nos chamou, a fim de alcançarmos a glória de nosso Senhor Jesus Cristo (2Ts 2,14).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 18,1-8

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 1Jesus contou aos discípulos uma parábola, para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre, e nunca desistir, dizendo: 2“Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava homem algum. 3Na mesma cidade havia uma viúva, que vinha à procura do juiz, pedindo: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário!’ 4Durante muito tempo, o juiz se recusou. Por fim, ele pensou: ‘Eu não temo a Deus, e não respeito homem algum. 5Mas esta viúva já me está aborrecendo. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha agredir-me!’” 6E o Senhor acrescentou: “Escutai o que diz este juiz injusto. 7E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele? Será que vai fazê-los esperar?  8Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

Santo Estanislau Kostka

- por Pe. Alexandre

O santo, que lembramos com muito carinho neste dia, nasceu na nobre e influente família dos Kostka, a qual possuía uma sólida vida de piedade familiar. Nasceu no castelo de Rostkow, na vila de Prasnitz (Polônia), a 28 de outubro de 1550. Foi nesse ambiente que Estanislau cresceu na amizade e intimidade com Cristo.

Aos 14 anos, ele foi estudar em Viena, juntamente com seu irmão mais velho, Paulo. Devido a uma ordem do Imperador Maximiliano I, o internato jesuíta onde estudavam foi fechado, sobrando como refúgio o castelo de um príncipe luterano que, com Paulo, promoveu o calvário doméstico de Estanislau. Em resposta às agressões do irmão, que também eram físicas, e às tentações da corte, o santo e penitente menino permanecia firme em seus propósitos cristãos: “Eu nasci para as coisas eternas e não para as coisas do mundo”.

Diante da pressão sofrida, a saúde de Estanislau cedeu; e, ao pedir que providenciassem um sacerdote para que pudesse comungar o Corpo de Cristo, recebeu a negativa dos homens, mas não a de Deus. Santa Bárbara apareceu-lhe, na companhia de anjos, portando Jesus Eucarístico e, em seguida, trazendo-lhe a saúde física, surgiu a Virgem Maria com o Menino Jesus.

Depois desse fato, o jovem discerniu sua vocação à vida religiosa como jesuíta, por isso, enfrentou familiares e, ousadamente, fugiu sozinho, a pé, e foi parar na Companhia de Jesus. Acolhido pelo Provincial, que o ouviu e se encantou com sua história, com somente 18 anos de idade, viveu apenas 9 meses no Noviciado porque adquiriu uma misteriosa febre e, antes de morrer, os sacerdotes ouviram do seus lábios sorridentes dizerem: “Maria veio buscar-me, acompanhada de virgens para me levar consigo”.

Santo Estanislau Kostka , rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Deus não fará justiça? (Lc 18,1-8)

 

Na retórica, as perguntas são utilizadas com diferentes intenções. Há perguntas motivadoras para o auditório. Há perguntas que servem de “escada” para o próprio orador. E há perguntas que dispensam resposta, pois elas são absurdas por natureza.

 

É o caso da pergunta acima: Deus, o Justo, deixaria de fazer justiça àqueles que clamam por ele dia e noite? Fica evidente que uma atitude de indiferença ou de neutralidade diante da injustiça atentaria contra a própria natureza divina. Como Deus é justo, acabará por intervir e fazer justiça.

 

Para acentuar esta verdade – que deveria ser óbvia – Jesus narra a curta parábola de um “juiz injusto”. Isto, por si só, já é um absurdo: o homem encarregado de fazer justiça é, por definição, um inimigo da própria justiça. E mais: o próprio magistrado tem consciência disso: “Não temo a Deus nem tenho respeito pelos homens!” (Lc 18,4) E assim caem por terra dois pilares da Justiça: a relação vertical com o Criador de todos os homens e a relação horizontal com nossos irmãos humanos.

 

Jesus faz entrar em cena a figura da viúva pobre que vai ao juiz injusto em busca de… justiça! Qual seria o teor da causa? Roubaram-lhe a cabra que lhe fornecia dois copos de leite por dia? O inquilino que alugara a casinha do finado marido se recusava a pagar o aluguel? Não vem ao caso, mas tenho convicção de que seria algo pequeno… tão pequeno quanto os pobres de Yahweh.

 

E Jesus narra – imagino que pausadamente, sem pressa, estendendo os detalhes, ao gosto dos orientais – as repetidas tentativas da viuvinha para obter um mandado judicial e recuperar seu prejuízo.

 

O clímax da narrativa é o momento em que o juiz injusto, sem nenhum amor pela justiça, fica chateado com a insistência da viúva e, mesmo, teme uma agressão física (no original grego, hypopiádze, “acertar meu olho”). Por isso, mesmo sem apreço pela justiça, acaba atendendo à querelante.

 

E Jesus conclui: se um magistrado corrompido acaba por atender à insistência de uma viúva, quanto mais o vosso Pai do céu, o Santo e Justo, atenderá a quem lhe pede com insistência!

 

Quando rezamos – e o contexto desta parábola é exatamente a oração – não nos dirigimos a um juiz, como esses que julgam processos empoeirados, mas a um Pai cheio de amor. Sendo Pai, atenderá a seus filhos. Ou não?

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