05 de Agosto de 2021
18a semana comum Quinta-feira
- por Pe. Alexandre
QUINTA FEIRA – XVIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2,6).
Oração do dia
– Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Nm 20,1-13
– Leitura do livro dos Números: Naqueles dias, 1toda a comunidade dos filhos de Israel chegou ao deserto de Sin, no primeiro mês, e o povo permaneceu em Cades. Ali morreu Maria e ali mesmo foi sepultada. 2Como não havia água para o povo, este juntou-se contra Moisés e Aarão, 3e, levantando-se em motim, disseram: “Antes tivéssemos morrido, quando morreram nossos irmãos diante do Senhor! 4Para que trouxestes a comunidade do Senhor a este deserto, a fim de que morrêssemos, nós e nossos animais? 5Por que nos fizestes sair do Egito e nos trouxestes a este lugar detestável, em que não se pode semear, e que não produz figueiras, nem vinhas nem romãzeiras, e, além disso, não tem água para beber?” 6Deixando a comunidade, Moisés e Aarão foram até a entrada da Tenda da Reunião, e prostraram-se com a face em terra. E a glória do Senhor apareceu sobre eles. 7O Senhor falou, então, a Moisés, dizendo: 8“Toma a tua vara e reúne o povo, tu e teu irmão Aarão; na presença deles ordenai à pedra e ela dará água. Quando fizeres sair água da pedra, dá de beber à comunidade e aos seus animais”. 9Moisés tomou, então, a vara que estava diante do Senhor, como lhe fora ordenado. 10Depois, Moisés e Aarão reuniram a assembleia diante do rochedo, e Moisés lhes disse: “Ouvi, rebeldes! Poderemos, acaso, fazer sair água desta pedra para vós?” 11E, levantando a mão, Moisés feriu duas vezes a rocha com a vara, e jorrou água em abundância, de modo que o povo e os animais puderam beber. 12Então o Senhor disse a Moisés e a Aarão: “Visto que não acreditastes em mim, para manifestar a minha santidade aos olhos dos filhos de Israel, não introduzireis este povo na terra que lhe vou dar”. 13Estas são as águas de Meriba, onde os filhos de Israel disputaram contra o Senhor, e ele lhes manifestou a sua santidade.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 95,1-2.6-7.8-9 (R: 8ab)
– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.
R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.
– Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva! Ao seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos!
R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.
– Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.
R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.
– Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: “Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras”.
R: Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não fecheis os corações como em Meriba.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Tu és Pedro e sobre esta pedra eu irei construir minha Igreja. E as portas do inferno não irão derrotá-la! (Mt 16,18).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 16,13-23
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou a seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei, e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto não te aconteçerá!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro, e disse: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Apolinário
- por Pe. Alexandre
Neste mesmo dia em que comemoramos a dedicação da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, lembramos com alegria da vida de santidade do mais antigo Bispo de Ravena: Santo Apolinário.
Nascido no Séc. I numa família pagã, ele foi convertido por Deus em Roma, através da pregação do apóstolo São Pedro.
No tempo de Apolinário, o paganismo e sincretismo estavam dominando todo o Império e, por isso, todo evangelizador corria grandes riscos de vida. Com a missão indicando a evangelização do Norte da Itália, ele foi edificar a Igreja de Ravena, a qual tornou-se na Itália, depois de Roma, pólo do Cristianismo.
Por causa de Jesus Cristo e do Seu Reino, lutou contra as tentações, permaneceu fiel, e com coragem sofreu e suportou até mesmo as torturas como confessor e, mais tarde, o martírio. Conta-nos a história que, diante do Édito de Milão em 313, a Igreja Católica adquiriu liberdade religiosa e, com isso, pôde livremente evangelizar o Império Romano, assim como venerar seus santos; é desse período que encontramos em Ravena grande devoção ao Santo Bispo o qual celebramos hoje, herói da nossa fé.
Santo Apolinário, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Isto não te acontecerá! (Mt 16,13-23)
Pedro, movido pelo Espírito Santo, acabara de reconhecer em Jesus o Filho de Deus. Seu ministério na Igreja acabara de lhe ser revelado. Deve ter-se alegrado com a hipótese da primazia entre seus pares. Mas não está disposto a aceitar o anúncio da Paixão e Morte do Senhor. Daí, sua falsa profecia: “Isto não te acontecerá!”
Ora, neste exato momento, Simão, a Pedra, torna-se pedra de escândalo, aquele calhau que faz tropeçar e cair. Por isso mesmo, merecerá do Senhor o nome do adversário: Satã. Até então, devia alimentar projetos que não coincidiam com os desígnios de Deus. No inconsciente coletivo de Israel, pulsava o sonho de um Messias vencedor, que livrasse o povo do tacão romano. Natural que Pedro não fosse capaz de ver o sofrimento e a cruz como um caminho de salvação. Natural que preferisse a glória, aplausos e poder…
Nós não somos diferentes. Certamente, temos repetido em nosso íntimo: “Isto não ME acontecerá!” Ao nosso lado, o sofrimento campeia: desemprego, enfermidades, perseguições, divórcios, traições… Mas conosco há de ser diferente, pensamos. “Eu não mereço uma cruz assim. Deus não vai fazer ISSO comigo!”
Ora, Deus sabe muito bem o que é bom para nós. Sabe do notável potencial de salvação embutido na Cruz. Por isso mesmo, não despreza a “pedagogia” da dor, capaz de reorientar a vida de quem deixou as coisas eternas nas últimas linhas de sua agenda. Assim, se for para nosso bem, para nossa salvação, a Cruz baterá à nossa porta.
E que bom se nos decidirmos a abraçá-la, tal como Jesus Cristo abraçou a sua! Que bom se pudermos dizer a Deus a mesma oração que Jesus dirigiu ao Pai: “Se possível, afasta de mim este cálice; mas não se faça a minha vontade e, sim, a tua…”
Nesse dia, então, teremos alguma coisa para oferecer ao Senhor. Reconhecendo nossa vida como uma missa, nossa pessoa como um altar, apresentaremos a nós mesmos como vítima espiritual (cf. Rm 12,1), hóstia agradável ao Pai, em união com o Filho, Cordeiro imolado.
Como temos recebido as pequenas cruzes que Deus nos apresenta? Abraçamos ou rejeitamos?
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