03 de Agosto de 2021
18a semana comum Terça-feira
- por Pe. Alexandre
TERÇA FEIRA – XVIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2,6).
Oração do dia
– Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Nm 12, 1-13
– Leitura do livro dos Números – Naqueles dias, 1Maria e Aarão criticaram Moisés por causa de sua mulher etíope. 2E disseram: “Acaso o Senhor falou só através de Moisés? Não falou, também, por meio de nós?” E o Senhor ouviu isto. 3Moisés era um homem muito humilde, mais do que qualquer outro sobre a terra. 4Então o Senhor disse a Moisés, Aarão e Maria: “Ide todos os três à Tenda da Reunião”. E eles foram. 5O Senhor desceu na coluna de nuvem, parou à entrada da Tenda, e chamou Aarão e Maria. Quando se aproximaram, ele lhes disse: 6“Escutai minhas palavras! Se houver entre vós um profeta do Senhor, eu me revelarei a ele em visões e falarei com ele em sonhos. 7O mesmo, porém, não acontece com o meu servo Moisés, que é o mais fiel em toda a minha casa! 8Porque a ele eu falo face a face; é às claras, e não por figuras, que ele vê o Senhor! Como, pois, vos atreveis a rebaixar o meu servo Moisés?” 9E, indignado contra eles, o Senhor retirou-se. 10A nuvem que estava sobre a Tenda afastou-se, e no mesmo instante, Maria se achou coberta de lepra, branca como a neve. Quando Aarão olhou para ela e a viu toda coberta de lepra, 11disse a Moisés: “Rogo-te, meu Senhor! Não nos faça pagar pelo pecado que tivemos a insensatez de cometer. 12Que Maria não fique como morta, como um aborto que é lançado fora do ventre de sua mãe, já com metade da carne consumida pela lepra”. 13Então Moisés clamou ao Senhor, dizendo: “Ó Deus, eu te suplico, dá-lhe a cura!”
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 51, 3-4.5-6a.6b-7.12-13 (R: 3a)
– Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
-Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
-Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
– Mostrais assim quanto sois justo na sentença, e quanto é reto o julgamento que fazeis. Vede, Senhor, que eu nasci na iniquidade e pecador já minha mãe me concebeu.
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
– Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!
R: Misericórdia, ó Senhor, porque pecamos!
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Mestre, tu és o Filho de Deus, és rei de Israel! (Jo 1,49).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 14, 22-36
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: ‘É um fantasma’. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: ‘Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!‘ 28Então Pedro lhe disse: ‘Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro,
caminhando sobre a água.’ 29E Jesus respondeu: ‘Vem!’ Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: ‘Senhor, salva-me!’ 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: ‘Homem fraco na fé, por que duvidaste?’
32Assim que subiram no barco, o vento se acalmou. 33Os que estavam no barco,
prostraram-se diante dele, dizendo: ‘Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!’ 34Após a travessia desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar, reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santa Lídia
- por Pe. Alexandre
Uma antiga tradição cristã a respeito do culto aos santos demonstra que Santa Lídia foi uma das primeiras santas a ser venerada dentro da fé católica.
Lídia era uma prosélita, ou seja, uma pagã convertida ao judaísmo. Veio da Grécia asiática e instalou-se para o seu comércio em Filipos, porto do Mar Egeu.
Fez-se cristã pelo ano de 55, quando São Paulo evangelizava essa região. São Lucas, que andava com o Apóstolo, contou este episódio: “…Filipos, que é a cidade principal daquele distrito da Macedônia, uma colônia (romana). Nesta cidade nos detivemos por alguns dias. No sábado, saímos fora da porta para junto do rio, onde pensávamos haver lugar de oração. Aí nos assentamos e falávamos às mulheres que se haviam reunido. Uma mulher, chamada Lídia, da cidade dos tiatirenos, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava. O Senhor abriu-lhe o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16,12-14).
As formalidades da canonização levam frequentemente muitos anos. Foram, porém, curtíssimas ao tratar-se de Santa Lídia. Foi Barónio (+ 1607) que, em 1586, com sua própria autoridade, a introduziu no Martirológio romano, cuja revisão lhe estava entregue.
Santa Lídia, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Não tenham medo! (Mt 14,22-36)
Desde as sombras das cavernas, o medo é nosso companheiro. Frágil, inerme diante das forças da natureza, o homem teme e treme. Basta um trovão, uma faísca, a chuva forte, para o medo arrepiar cabelos e provocar tremores.
E o medo paralisa. Perde-se a capacidade de agir, de avaliar a realidade objetivamente. Entra em cena a louca do último andar: a imaginação. Um leve ruído no quintal, e o vaso derrubado pelo gato transforma-se em virtual assaltante. Como neste Evangelho, quando os discípulos veem Jesus como um fantasma.
O cristão – se é verdadeira a sua fé – deveria reagir diante das ameaças de modo diferente do pagão, pois confia na presença e na proteção de seu Salvador. É disso que nos fala Orígenes [185-253], teólogo e mártir:
“Se, um dia, somos assaltados por provações inevitáveis, lembremo-nos de que foi Jesus quem nos ordenou que embarcássemos, e ele quer que o precedamos ‘na outra margem’. De fato, para quem não suportou a prova das ondas e do vento contrário, é impossível chegar a essa margem.
Assim, quando nos virmos cercados por dificuldades múltiplas e penosas, fatigados de navegar entre elas com a pobreza de nossos meios, imaginemos que nossa barca está no meio do mar, sacudida pelas vagas que gostariam de nos ver ‘naufragados na fé’ (cf. 1Tm 1,19) ou em qualquer outra virtude. E se nós vemos o sopro do maligno se assanhar contra nossas iniciativas, tenhamos presente que nesse momento o vento nos é contrário.
Quando, pois, entre esses sofrimentos, tenhamos ficado firmes durante as longas horas da noite escura que reina nos tempos de provação, quando tivermos lutado ao máximo, cuidando de evitar o naufrágio, podemos estar seguros de que, lá pelo fim da noite, ‘quando a noite for avançada e o dia vier chegando’ (cf. Rm 13,12), o Filho de Deus virá junto a nós, caminhando sobre as ondas, para tornar o mar favorável a nós.”
Na Igreja, há muita gente paralisada pelo medo. Ministros ordenados e agentes de pastoral que se sentem sitiados pelas potências de um mundo neopagão e perderam a confiança no poder transformador da Palavra de Deus. No máximo, sonham com um estado de coisas em que teriam “recursos” para trabalhar com êxito: meios de comunicação, apoio das autoridades e – claro! – dinheiro.
É para eles que Jesus vem repetir: “Não tenham medo! Sou eu!”
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