01 de Agosto de 2021
18a semana comum Domingo
- por Pe. Alexandre
DOMINGO – XVIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – II semana do saltério)
Antífona da entrada
– Meu Deus, vinde libertar-me, apressai-vos, Senhor, em socorrer-me. Vós sois o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não tardeis mais (Sl 69,2,6).
Oração do dia
– Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Ex 16,2-4.12-15
– Leitura do livro do Êxodo: Naqueles dias, 2a comunidade dos filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo: 3“Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?” 4O Senhor disse a Moisés: “Eis que farei chover para vós o pão do céu. O povo sairá diariamente e só recolherá a porção de cada dia, a fim de que eu o ponha à prova, para ver se anda ou não na minha lei. 12Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’”. 13Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. 14Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra. 15Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: “Que é isto?” porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 78,3.4bc.23-24.25.54 (R: 24b)
– O Senhor deu a comer o pão do céu.
R: O Senhor deu a comer o pão do céu.
– Tudo aquilo que ouvimos e aprendemos, e transmitiram para nós os nossos pais, não haveremos de ocultar a nossos filhos, mas à nova geração nós contaremos: as grandezas do Senhor e seu poder.
R: O Senhor deu a comer o pão do céu.
– Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, e as comportas das alturas fez abrir; fez chover-lhes o maná e alimentou-os, e lhes deu para comer o pão do céu.
R: O Senhor deu a comer o pão do céu.
– O homem se nutriu do pão dos anjos, e mandou-lhes alimento em abundância; conduziu-os para a Terra Prometida, para o monte que seu braço conquistou.
R: O Senhor deu a comer o pão do céu.
2ª Leitura: Ef 4,17.20-24
– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios: Irmãos: 17Eis, pois, o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada. 20Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo, 21se ao menos foi bem ele que ouvistes falar, e se é ele que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus. 22Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, 23e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. 24Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O homem não vive somente de pão, mas vive de toda palavra que sai da boca de Deus e não só de pão, amém, aleluia, aleluia! (Mt 4,4).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 6,24-35
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 24quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. 30Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’” 32Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. 33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. 34Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. 35Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Afonso Maria de Ligório
- por Pe. Alexandre
Celebramos, neste dia, a memória de um santo Bispo e Doutor da Igreja que se tornou, pelo seu testemunho, patrono dos confessores e teólogos de doutrina moral. Afonso Maria de Ligório nasceu em Nápoles, na Itália, em 1696, numa nobre família que, ao saber das qualidades do menino prodígio, proporcionaram-lhe o caminho dos estudos a fim de levá-lo à fama.
Com 16 anos, doutorou-se em Direito Civil e Eclesiástico, e já se destacava em sua posição social quando se deparou, involuntariamente, sustentando uma falsidade. Isso levou Afonso a profundas reflexões, a ponto de passar três dias seguidos em frente ao crucifixo. Escolhendo a renúncia profissional, a herança e títulos de nobreza, Santo Afonso acolheu sua via vocacional, já que o Senhor o queria advogando as causas do Cristo.
Santo Afonso Maria de Ligório colocou todos os seus dons a serviço do Reino dos Céus, por isso, como sacerdote, desenvolveu várias missões entre os mendigos da periferia de Nápoles e camponeses; isso até contagiar vários e fundar a Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Depois de percorrer várias cidades e vilas do sul da Itália convertendo pecadores, reformando costumes e santificando as famílias, Santo Afonso de Ligório, com 60 anos, foi eleito bispo, e assim pastoreou, com prudência e santidade, o povo de Deus, mesmo com a realidade de ter perdido a amizade do Papa e sido expulso de sua fundação.
Entrou no Céu com 91 anos, depois de deixar vários escritos sobre a Doutrina Moral, sobre a devoção ao Santíssimo Sacramento e a respeito da Mãe de Deus, sendo o mais conhecido: “As Glórias de Maria”.
Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Meu Pai vos dá o verdadeiro Pão… Jo 6,24-35)
Nas aulas de catecismo, a criança é preparada para a primeira comunhão e aprende que vai receber Jesus Cristo na hóstia consagrada. E é verdade. O tempo passa e, muito mais tarde, talvez ela venha a descobrir que, ao comungar, recebe também o Espírito Santo; afinal, ele é inseparável de Jesus, e sem sua ação, na epiclese da missa, não haveria a transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo.
Se a antiga criança, já crescida, dedica algum tempo à leitura dos evangelhos, poderá deter-se diante do Evangelho de hoje, o notável capítulo 6º de João, e “descobrir” que a Eucaristia é um dom do Pai. Como diz Jesus, “é meu Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu”. Logo, a participação na sagrada Eucaristia é uma experiência trinitária.
Frei Raniero Cantalamessa repete esta lição: “A vida que vem a nós na Eucaristia, é a vida que tem como fonte e princípio o Pai e que, através de Jesus Cristo, se derramou sobre o mundo: ‘Assim como o Pai que me enviou vive, e eu vivo pelo Pai, assim também aquele que comer a minha carne viverá por mim’ (Jo 6,57). No ofertório, dirigindo-nos a Deus Pai, dizemos: ‘Da tua bondade recebemos este pão’”.
Assim como recebemos de Deus o pão de trigo que, depois de consagrado, elevamos de volta ao Pai, na belíssima doxologia ao fim da oração eucarística, assim este Sacramento vem do Pai para nós e nos leva de volta à sua Fonte.
Cantalamessa frisa bem este ponto: “A Eucaristia vem, pois do Pai. Mas o mais importante é isto: a Eucaristia nos conduz ao Pai. Na liturgia da missa, isso é posto em evidência pelo fato de que tudo se dirige ao Pai: o cânon é um diálogo em que a Igreja, corroborada e, por assim dizer, mantida em pé pelo Espírito Santo, por meio de Jesus se dirige ao Pai”.
Não admira, pois, que Jesus se dirija aos ouvintes de Cafarnaum, contrapondo ao antigo maná do deserto o novo “pão, que é ele mesmo, como o verdadeiro “Pão do céu” (Jo 6,32). Alimento definitivo, ali anunciado previamente como a Eucaristia celebrada na última ceia, Jesus Cristo é o grande dom do Pai para a humanidade.
E a liturgia canta: “Ó memorial da morte do Senhor, / Pão vivo que dá vida aos homens, / Faz que minha alma viva de ti / E que a ela seja sempre doce este sabor”.
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