06 de Julho de 2021
14a semana comum- Terça-feira
- por Pe. Alexandre
TERÇA FEIRA DA XIV SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no meio do vosso templo. Vosso louvor se estenda, como vosso nome, até os confins da terra; toda a justiça se encontra em vossas mãos (Sl 47,10).
Oração do dia
– Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 32,23-33
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 23Jacó levantou-se ainda de noite, tomou suas duas mulheres, as duas escravas e os onze filhos e passou o vau do Jaboc. 24Depois de tê-los ajudado a passar a torrente, e atravessar tudo o que lhe pertencia, 25Jacó ficou só. E eis que um homem se pôs a lutar com ele até o raiar da aurora. 26Vendo que não podia vencê-lo, este tocou-lhe o nervo da coxa e logo o tendão da coxa de Jacó se deslocou, enquanto lutava com ele. 27O homem disse a Jacó: “Larga-me, pois já surge a aurora”. Mas Jacó respondeu: “Não te largarei, se não me abençoares”. 28O homem perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” Respondeu: “Jacó”. 29Ele lhe disse: “De modo algum te chamarás Jacó, mas Israel; porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste”. 30Perguntou-lhe Jacó: “Dize-me, por favor, o teu nome”. Ele respondeu: “Por que perguntas – me o meu nome?” E ali mesmo o abençoou.31Jacó deu a esse lugar o nome de Fanuel, dizendo: “Vi Deus face a face e tive poupada a minha vida”. 32Surgiu o sol quando ele atravessava Fanuel; e ia mancando por causa da coxa. 33Por isso os filhos de Israel não comem até hoje o nervo da articulação da coxa, pois Jacó foi ferido nesse nervo.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 17,1.2-3.6-7.8b.15 (R:15a)
– Verei justificado, vossa face, ó Senhor!
R: Verei justificado, vossa face, ó Senhor!
– Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios.
R: Verei justificado, vossa face, ó Senhor!
– De vossa face é que me venha o julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que é justo. Provai meu coração durante a noite, visitai-o, examinai-o pelo fogo, mas em mim não achareis iniquidade.
R: Verei justificado, vossa face, ó Senhor!
– Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai-me o vosso ouvido e escutai-me! Mostre-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós.
R: Verei justificado, vossa face, ó Senhor!
– Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.
R: Verei justificado, vossa face, ó Senhor!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor (Jo 10,14).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 9,32-38
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 32apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas sem pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santa Maria Goretti
- por Pe. Alexandre
A Igreja, neste dia, celebra a virgem e mártir que encantou e continua enriquecendo os cristãos com seu testemunho de ‘sim’ a Deus e ‘não’ ao pecado. Nascida em Corinaldo, centro da Itália, era de família pobre, numerosa e camponesa, mas muito temente a Deus.
Com a morte do pai, Maria Goretti, com os seus, foram morar num local perto de Roma, sob o mesmo teto de uma família composta por um pai viúvo e dois filhos, sendo um deles Alexandre. Aconteceu que este jovem, por várias vezes, tentou seduzir Goretti, que ficava em casa para cuidar dos irmãozinhos. E por ser uma menina temente a Deus, sua resposta era cheia de maturidade: “Não, não, Deus não quer; é pecado!”
Santa Maria Goretti, certa vez, estava em casa e em oração, por isso quando o jovem, que era de maior estatura e idade, tentou novamente seduzi-la, Goretti resistiu com mais um grande não. A resposta de Alexandre foram 14 facadas, enquanto da parte de Goretti, percebemos a santidade na confidência à sua mãe: “Sim, o perdoo… Lá no céu, rogarei para que ele se arrependa… Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.
O martírio desta adolescente, de apenas 12 anos, foi a causa da conversão do jovem assassino, que, depois de sair da cadeia, esteve com as 400 mil pessoas, na Praça de São Pedro, na ocasião da canonização dessa santa, e ao lado da mãe dela, que o perdoou também.
Santa Maria Goretti manteve-se pura e santa por causa do seu amor a Deus, por isso reina na glória com Cristo.
Santa Maria Goretti, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Operários para a messe… (Mt 9,32-38)
Homem do povo falando ao povo, Jesus retira suas imagens do meio em que vive: as aves do céu, as tarefas do lar, o trabalho do campo. Assim, ao falar da missão dos evangelizadores, ele tem diante dos olhos um trigal dourado, as espigas maduras, à espera dos ceifadores que parecem tardar…
Conforme comenta Santo Agostinho [+430], “Cristo estava cheio de entusiasmo por sua obra e se dispunha a enviar operários. E vai enviar os ceifadores. ‘É verdadeiro o provérbio: Um semeia, outro ceifa. Eu vos enviei a colher ali onde não tivestes trabalho; outros assumiram o esforço, e vós vos aproveitais de seus trabalhos’. (Jo,37-38)”
Não é interessante que Jesus veja a evangelização como um “trabalho”? Algo que exige boa dose de esforço e cansaço… Algo inseparável de sofrimento e suor… Algo que não se faz por uma inclinação natural, mas movido por certa “necessidade”.
Nós sentimos como “necessário” o trabalho de evangelizar? Ou nos parece algo opcional? Algo bom sem dúvida, mas apenas uma atividade entre outras, que sinalizaria em nós um degrau mais elevado de santidade ou de vida beneficente? Algo importante, mas que não nos diz respeito?
Não é isso que grita o apóstolo Paulo: “Ai de mim se não evangelizar!” (1Cor, 9-16) Paulo sabe que a revelação recebida na estrada de Damasco não poderia ser escondida do mundo sem o peso da culpa que recai sobre os indiferentes. Paulo sabe que foi alvo de um privilégio e, assim, deve ao Senhor uma resposta de amor.
O mesmo aconteceu com os missionários de todos os tempos. Eles eram acima de tudo operários de uma construção inadiável: o Reino de Deus! Depois de experimentarem em suas vidas a invasão do Amor divino, eles não podem calar essa descoberta. Daí em diante, os apaixonados não podem ficar neutros e indiferentes à multidão que desconhece o mesmo amor…
Contemplando as multidões, Jesus via a vasta seara a ser colhida. As sementes da Graça já haviam sido semeadas. O tempo da colheita já havia chegado. Era o tempo de enviar os ceifadores.
Como reage o nosso coração diante da sociedade atual que se afasta da fé e dia a dia vai perdendo a esperança? Seremos espectadores neutros e indiferentes? Será que as espigas se perderão?
Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.