26 de Junho de 2021
12a semana comum Sábado
- por Pe. Alexandre
SABADO – XII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– O Senhor é a força do seu povo, fortaleza e salvação do seu ungido. Salvai, Senhor, vosso povo, abençoai vossa herança e governai para sempre os vossos servos. (Sl 27.8)
Oração do dia
– Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida a graça de vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 18,1-15
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 1o Senhor apareceu a Abraão junto ao carvalho de Mambré, quando ele estava sentado à entrada da sua tenda, no maior calor do dia. 2Levantando os olhos, Abraão viu três homens de pé, perto dele. Assim que os viu, correu ao seu encontro e prostrou-se por terra. 3E disse: “Meu Senhor, se ganhei tua amizade, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. 4Mandarei trazer um pouco de água para vos lavar os pés, e descansareis debaixo da árvore. 5Farei servir um pouco de pão para refazerdes vossas forças, antes de continuar a viagem. Pois foi para isso mesmo que vos aproximastes do vosso servo”. Eles responderam: “Faze como disseste”. 6Abraão entrou logo na tenda, onde estava Sara e lhe disse: “Toma depressa três medidas da mais fina farinha, amassa alguns pães e assa-os “. 7Depois, Abraão correu até o rebanho, pegou um bezerro dos mais tenros e melhores, e deu-o a um criado, para que o preparasse sem demora. 8A seguir, foi buscar coalhada, leite e o bezerro assado, e pôs tudo diante deles. Abraão, porém, permaneceu de pé, junto deles, debaixo da árvore, enquanto comiam. 9E eles lhe perguntaram: “Onde está Sara, tua mulher?” “Está na tenda”, respondeu ele. 10E um deles disse: “Voltarei, sem falta, no ano que vem, por este tempo, e Sara, tua mulher, já terá um filho”. Ouvindo isto, Sara pôs-se a rir, da entrada da tenda, que estava atrás dele. 11Abraão e Sara já eram velhos, muito avançados em idade, e para ela já havia cessado o período regular das mulheres. 12Por isso, Sara se pôs a rir em seu íntimo, dizendo: “Acabada como estou, terei ainda tal prazer, sendo meu marido já velho?” 13E o Senhor disse a Abraão: “Por que riu Sara, dizendo consigo mesma: ‘Acaso ainda terei um filho, sendo tão velha?’ 14Existe alguma coisa impossível para o Senhor? No ano que vem, voltarei por este tempo, e Sara já terá um filho”. 15Sara protestou, dizendo: “Eu não ri”, pois estava com medo. Mas ele insistiu: “Sim, tu riste”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl (Lc 1,46-47.48-49.50.53.54-55 (R: 9a)
– O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
R: O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
– A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador.
R: O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
– Pois, ele viu a pequenez de sua serva, eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e Santo é o seu nome.
R: O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
– Seu amor, de geração em geração chega a todos que o respeitam. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.
R: O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
– Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
R: O Senhor se lembrou de mostrar sua bondade.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– O Cristo tomou sobre si nossas dores, carregou em seu corpo nossas fraquezas (Mt 8,17).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 8,5-17
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados sob minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo a meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”.
10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado, e disse aos que o seguiam: “Em verdade, vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo: muitos virão do Oriente e do Ocidente, e se sentarão à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os herdeiros do Reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”. 13Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! e seja feito como tu creste”. E, naquela mesma hora, o empregado ficou curado. 14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou, e pôs-se a servi-lo. 16Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos, com sua palavra, e curou todos os doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santos João e Paulo
- por Pe. Alexandre
Os santos que recordamos, hoje, pertenceram ao século IV e, ali, deram um lindo testemunho do martírio no ano de 362, no contexto em que a Igreja de Cristo era perseguida.
Eles pertenciam à Corte de Juliano, o Apóstata, que queria que todos os cristãos se rendessem aos deuses do Império. João e Paulo, porém, renunciaram ao cargo, e se retiraram para uma propriedade onde viveram da caridade e servindo aos pobres, testemunhando, acima de tudo, o amor a Deus.
Eram irmãos de sangue, mas responderam pessoalmente ao Evangelho.
O Imperador enviou uma autoridade para convencê-los a mudarem de ideia e oferecerem sacrifícios ao deus Júpiter para não serem condenados.
Após alguns dias, os irmãos não negaram sua fé e acabaram morrendo degolados, testemunhando seu amor a Deus.
São João e São Paulo, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Eu não sou digno… (Mt 8,5-17)
Um centurião romano, chefe de cem soldados, está acostumado a dar ordens e a vê-las cumpridas sem retardos nem desculpas. Uma só palavra e basta! Por certo, o militar já está bem informado sobre Jesus, o estranho Rabi da Galileia que cura os enfermos, devolve a visão aos cegos e liberta os possessos. Mesmo sendo um estrangeiro na Palestina, ele reconhece a autoridade de Jesus sobre os males físicos e espirituais. Este reconhecimento (uma modalidade de fé?) é que o anima a rogar pelo servo doente.
Ao ver que Jesus faz menção de ir à sua casa, o soldado romano se espanta, atrapalhado: não precisa tanto, basta uma palavra! Afinal, um judeu que entrasse no ambiente “impuro” do estrangeiro, ficaria também ele ritualmente impuro. E o centurião tem um argumento invencível para que Jesus de Nazaré não visite seu lar, a casa de um estrangeiro, invasor e “pagão”: “Senhor, eu não sou digno!”
Como não pensar naquele publicano da parábola (cf. Lc 18,9ss), que sequer se aproximava do altar e – tão diferente do fariseu contador de vantagens – lá do fundo do Templo, olhos no chão, batia no peito e se rebaixava diante do Senhor: “Tem piedade de mim, que sou pecador”?
Não é sem motivo que nossas Eucaristias começam sempre por um ato penitencial. É, talvez, uma tentativa desesperada da Igreja para nos recordar nossa condição de pecadores. Espera-se que, batendo no peito, examinando a própria consciência, nós desistamos da impropriedade de cobrar alguma coisa de Deus, ou de apresentar-lhe nossos méritos (aliás, inexistentes…) ou mesmo reclamar asperamente do Senhor pela má qualidade dos serviços que Ele nos presta…
Como faz falta a todos nós este realista sentimento de indignidade! Aquele mesmo sentimento do pródigo que está voltando para casa com um discurso ensaiado: “Já não sou digno de ser chamado teu filho… Podes tratar-me como um dos empregados…” (Lc 15,19.) Para ouvir, surpreso, a resposta do Pai: “Não tem jeito, meu filho! Enquanto eu for Pai, tu serás meu filho!”
É assim que se descobre a verdade fundamental em nossa relação com Deus: não somos amados porque somos bons; somos amados porque somos filhos… Não é por mérito nosso. É pelo amor do Pai…
De que maneira eu costumo apresentar-me diante de Deus? Desfio o longo rosário de minhas boas ações e cobro retribuição? Ou confesso humildemente os meus pecados e recebo o seu perdão?
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