13 de Junho de 2021
11a Semana comum- Domingo
- por Pe. Alexandre
DOMINGO DA XI SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – III semana do saltério)
Antífona da entrada
– Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador!
(Sl 26,7.9)
Oração do dia
– Ó Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Ez 17, 22-24
– Leitura da profecia de Ezequiel: 22Assim diz o Senhor Deus: “Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. 23Vou plantá-lo sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá folhagem, dará frutos e se tornará um cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à sombra de sua ramagem as aves farão ninhos. 24E todas as árvores do campo saberão que eu sou o Senhor, que abaixo a árvore alta e elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o Senhor, digo e faço”.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 92, 2-3.13-14.15-16. (R: 2a)
– Como é bom agradecermos ao Senhor.
R: Como é bom agradecermos ao Senhor.
– Como é bom agradecermos ao Senhor e cantar salmos de louvor ao Deus altíssimo! Anunciar pela manhã vossa bondade, e o vosso amor fiel, a noite inteira.
R: Como é bom agradecermos ao Senhor.
– O justo crescerá como a palmeira, florirá igual ao cedro que há no Líbano; na casa do Senhor estão plantados, nos átrios de meu Deus florescerão.
R: Como é bom agradecermos ao Senhor.
– Mesmo no tempo da velhice darão frutos, cheios de seiva e de folhas verdejantes; e dirão: “É justo mesmo o Senhor Deus: meu rochedo, não existe nele o mal!”
R: Como é bom agradecermos ao Senhor.
2ª Leitura: 2Cor 5, 6-10
– Leitura da segunda carta de são Paulo aos Coríntios: Irmãos: 6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada. 10Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa prêmio ou castigo – do que tiver feito ao longo de sua vida corporal.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– A semente é de Deus a palavra, Cristo é o semeador; todo aquele que o encontra, vida eterna encontrou (Lc 8,11).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 4,26-34
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 26Jesus disse à multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. 27Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece.
28A terra, por si mesma, produz o fruto: primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que enchem a espiga. 29Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou”. 30E Jesus continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo? 31O Reino de Deus é como um grão de mostarda que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. 32Quando é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”. 33Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. 34E só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Antônio
- por Pe. Alexandre
Neste dia, celebramos a memória do popular santo – doutor da Igreja – que nasceu em Lisboa, no ano de 1195, e morreu nas vizinhanças da cidade de Pádua, na Itália, em 1231, por isso é conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua. O nome de batismo dele era Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo.
Ainda jovem, pertenceu à Ordem dos Cônegos Regulares, tanto que pôde estudar Filosofia e Teologia, em Coimbra, até ser ordenado sacerdote. Não encontrou dificuldade nos estudos, porque era de inteligência e memória formidáveis, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade. Aconteceu que, em Portugal, onde estava, Antônio conheceu a família dos Franciscanos, que não só o encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, como também o arrastou para a vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças.
Ao ir para Marrocos, Antônio ficou tão doente, que teve de voltar, mas, providencialmente, foi ao encontro do “Pobre de Assis”, o qual lhe autorizou a ensinar aos frades as ciências que não atrapalhassem os irmãos de viverem o Santo Evangelho.
Nesse sentido, Santo Antônio não fez muito, pois seu maior destaque foi na vivência e pregação do Evangelho, o que era confirmado por muitos milagres, além de auxiliar no combate à Seita dos Cátaros e Albigenses, os quais isoladamente viviam uma falsa doutrina e pobreza. Santo Antônio serviu sua família franciscana através da ocupação de altos cargos de serviço na Ordem, isso até morrer com 36 anos para esta vida e entrar para a Vida Eterna.
Santo Antônio, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
A menor de todas as sementes… (Mc 4,26-34)
Deus é miniaturista. Trabalha no pequeno e rejeita o grandioso. A vida dos santos é a prova definitiva desse trabalho microscópico. Quando morreu a pequena Teresa no Carmelo de Lisieux, suas coirmãs se perguntavam que coisas poderiam dizer dela na comunicação aos demais mosteiros. O futuro santo João Maria Vianney, curto de inteligência, foi nomeado pároco de uma pequena aldeia, pois ali os eventuais estragos seriam menores. Damião de Veuster passou sua vida praticamente esquecido entre os leprosos de Molokai…
É assim que nós, enquanto sonhamos com grandes feitos, perdemos seguidamente as oportunidades de edificar o reino nas minúcias de cada dia. A parábola da semente de mostarda acentua o contraste entre nossas pequenas ações e os efeitos surpreendentes da divina Graça.
São João Crisóstomo [344-407 d. C.] comenta: “Que há de maior que o Reino dos céus e de menor que um grãozinho de mostarda? Como pôde Jesus comparar esse Reino infinito a um minúsculo grão de mostarda, que ocupa tão ínfimo lugar? Entretanto, se examinamos atentamente o Reino dos céus e o grão de mostarda, descobrimos quanto a comparação é justa e natural!
Evidentemente, o Reino dos céus não outra coisa a não ser o Cristo, pois ele disse de si mesmo: ‘Eis que o Reino de Deus está no meio de vós’ (Lc 17,21). […] Como acontece que Cristo seja ao mesmo tempo o Reino e o grão, e que ele seja simultaneamente grande e pequeno em relação ao Reino? Vejam: sua misericórdia por aqueles que ele criou é tão grande, que ele se fez tudo para todos, para os ganhar a todos. Por sua própria natureza, ele era Deus, como ainda o é e será para sempre. E tornou-se homem em vista de nossa salvação. ‘Que profundidade na riqueza, na sabedoria e na ciência de Deus! Suas decisões são insondáveis, seus caminhos são impenetráveis!’ (Rm 11,33)
Ó grão, pelo qual o mundo foi feito, as trevas dispersadas, a Igreja renovada! Como é grande a força desse grão suspenso na cruz! Enquanto estava ali cravado, por uma simples palavra ele arrancou do madeiro o ladrão para o mergulhar nas delicias do paraíso. De seu lado transpassado pela lança, esse grão fez correr para os sedentos uma bebida de imortalidade.
Depois que o desceram da árvore e o plantaram no jardim, esse grão cobriu toda a terra com seus ramos. Semeado no jardim, esse grão mergulhou suas raízes até os infernos. Dali ele fez saírem as almas e, em três dias, conduziu-as ao céu.
O Reino dos céus é comparável a um grão de mostarda que um homem semeou em seu campo. Semeia este grão no jardim de tua alma e valerá também para ti a palavra do profeta: ‘Tu serás como um jardim bem irrigado, como uma nascente onde as águas não faltam jamais’. (Is 58,11)
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