14 de Abril de 2021

2a Semana da Páscoa Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – 2ª SEMANA DE PÁSCOA
(branco – Pf. Pascal, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia!

 

Oração do dia

 

– Imploramos, ó Deus, a vossa clemência, ao recordar cada ano o mistério pascal que renova a dignidade humana e nos traz esperança da ressurreição; concedei-nos acolher sempre com amor o que celebramos com fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 5,17-26

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 17levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido — isto é, o partido dos saduceus — cheios de raiva 18e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública. 19Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20“Ide falar ao povo, no Templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver”. 21Eles obedeceram e, ao amanhecer, entraram no Templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os seus partidários e convocou o Sinédrio e o Conselho formado pelas pessoas importantes do povo de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos na prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos não os encontraram e voltaram dizendo: 23“Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos ninguém lá dentro”. 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do Templo e os sumos sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido. 25Chegou alguém que lhes disse: “Os homens que vós pusestes na prisão estão no Templo ensinando o povo!” 26Então o chefe da guarda do Templo saiu com os guardas e trouxe os apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.4-5.6-7.8-9 (R: 7a)

 

– Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

– Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

– Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

– O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

R: Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre a vida eterna (Jo 3,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 3,16-21

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Ludovina

- por Pe. Alexandre

Contemplamos a vida de uma santa holandesa, nascida no ano de 1380, dentro de uma família materialmente pobre, mas riquíssima na espiritualidade.

Ludovina era muito vivaz e cheia de brincadeiras, como qualquer criança, mas trazia em si o chamado a uma consagração total ao Senhor. Antes dos 15 anos de idade, ela recebeu muitas propostas de casamento, mas, por amor a Jesus, recusou a todas para ser fiel a Deus, porque sua vocação era a uma vida consagrada.

Ela descobriu o dom da virgindade, decidindo-se pelo celibato muito cedo.

Após sofrer um acidente no gelo, com apenas 15 anos, ficou praticamente paralisada. Uma cruz, que com a ajuda da família e de seu diretor, se uniu à cruz gloriosa de nosso Senhor. Ela deixou-se instruir pela ciência da cruz.

Incompreendida por muitos, foi acusada de mentirosa e de ser castigada por Deus. Ludovina deu a mesma resposta que Jesus deu no alto da cruz: a do amor e do perdão. Passou 7 anos sem comer nem beber nada. Recebia, como alimento, Jesus Eucarístico. Em 1433 recebeu o prêmio da eternidade.

Que, na cruz de cada dia, nos unamos cada vez mais à cruz gloriosa de nosso Senhor.

Santa Ludovina, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

… deu o seu Filho único… (Jo 3,16-21)

 

Estranhamente, ainda existem pessoas que contemplam a Cruz e apenas veem nela um instrumento de tortura: seu olhar se detém no sofrimento. E assim perdem a oportunidade de contemplar o Amor. Um amor sem medidas nem barreiras, amor que abraça a morte para nos salvar.

Em outra passagem do Evangelho, Jesus havia ensinado: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos”. (Jo 15,13.) Como sempre, Jesus pratica o que ensina. Por isso subirá o Calvário e morrerá na Cruz.

Muita gente se pergunta: – Afinal, Deus não poderia ter encontrado algum outro meio menos cruento de nos salvar? Precisava ser logo a Cruz, um “método” tão doloroso? E tendo como vítima propiciatória exatamente o seu próprio Filho? Na verdade, a resposta pode ser mais simples do que se imagina: Deus queria mostrar a que extremos seu Amor por nós pode chegar…

E mais: essa “entrega” do Filho único à morte tem um objetivo muito claro: “para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” … Devemos pensar como o apóstolo Paulo: Cristo “me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20b). E aquele que ama está disposto a tudo.

Claro que um amor assim pede resposta, espera por alguma correspondência. A recusa de um amor assim não fica sem um preço. Se a Luz vem aos homens e eles a rejeitam, recusam a própria salvação. Por isso, a ação do Espírito Santo em nós visa à nossa adesão a Cristo, que deu a vida por nós. A recusa dessa graça que salva é, em suma, o “pecado contra o Espírito Santo”.

Escreve o Papa João Paulo II em sua primeira Encíclica: “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se o não experimenta e se o não torna algo próprio, se nele não participa vivamente. E por isto precisamente Cristo Redentor […] revela plenamente o homem ao próprio homem. Esta é – se assim é lícito exprimir-se – a dimensão humana do mistério da redenção”. (Redemptor Hominis, 10.)

Contemplando o Crucificado, que deu a vida por nós, os santos “descobriram” que eles também eram capazes de dar a vida por seus irmãos.

E nós? Também o seremos?

 

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