03 de Janeiro de 2021
Epifania do Senhor- Domingo
- por Pe. Alexandre
DOMINGO – EPIFANIA DO SENHOR
(branco, glória, creio, pref. da Epifania – ofício da solenidade)
Antífona da entrada
– Eis que veio o Senhor dos senhores; em suas mãos, o poder e a realeza
(Mt 3,1; 1Cr 19,12)
Oração do dia
– Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-os pelas estrelas, concedei aos vossos servos e servas, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Is 60, 1-6
– Leitura do livro do profeta Isaías – 1Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. 2Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. 3Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora. 4Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. 5Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; 6será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 72, 1-2.7-8.10-11.12-13 (R: 11)
– As nações de toda a terra, hão de adorar-vos ó Senhor!
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!
– Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça ao descendente da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!
– Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho!
De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!
– Os reis de Társis e das ilhas hão de vir e oferecer-lhes seus presentes e seus dons; e também os reis de Seba e de Sabá hão de trazer-lhe oferendas e tributos. Os reis de toda a terra hão de adorá-lo, e todas as nações hão de servi-lo.
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!
– Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.
R: As nações de toda a terra hão de adorar-vos ó Senhor!
2ª Leitura: Ef 3, 2-3a.5-6
– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios – Irmãos: 2Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, 3ª e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. 5Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: 6os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Vimos sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor (Mt 2,2).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 2, 1-12
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– 1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: ‘Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo.‘ 3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém. 4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: ‘Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo.’ 7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: ‘Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo.’ 9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. 10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. 11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
MEMORIA SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
- por Pe. Alexandre
MEMORIA SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
Hoje a Igreja celebra a memória do Santíssimo nome de Jesus. Na liturgia antiga, no domingo entre a Oitava do Natal e a Epifania, a Igreja, ornada de paramentos brancos, costumava celebrar a festa do Santíssimo Nome de Jesus. Hoje, reduzida à categoria de memória facultativa, esta festa se pode celebrar no dia 3 de janeiro, e nela se recorda, como já então se fazia, o mistério redentor contido no adorável nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é, efetivamente, Deus que salva e nos concede, não só o perdão dos pecados, mas ainda o dom inefável da filiação divina.
Invocar o nome de Jesus é ser salvo; crer nesse nome é chegar a ser filho de Deus; orar nesse nome é ser escutado com toda a certeza: Em verdade vos digo que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele concederá. Em nome de Jesus perdoam-se os pecados e as almas são purificadas e santificadas. Anunciar esse nome constitui a essência de todo o apostolado, pois Ele “é o fim da história humana, o ponto para o qual convergem as aspirações da história e da civilização, o centro da humanidade, a alegria de todos os corações e a plenitude de todos os seus desejos”. Em Jesus, os homens encontram aquilo de que mais necessitam e de que estão sedentos: salvação, paz, alegria, perdão dos seus pecados, liberdade, compreensão, amizade.
Ao invocarmos o nome do Senhor, haverá ocasiões em que estaremos na situação daqueles leprosos que, de longe, lhe suplicam: Jesus, Mestre, tem compaixão de nós. E o Senhor lhes diz que se aproximem, e os cura enviando-os aos sacerdotes. Ou teremos que repetir-lhe, porque também nós estamos cegos em tantas coisas, as palavras do cego de Jericó: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim. “Não te dá vontade de gritar, a ti, que também estás parado à beira do caminho, desse caminho da vida que é tão curta; a ti, a quem faltam luzes; a ti, que necessitas de mais graças para te decidires a procurar a santidade? Não sentes a urgência de clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim? Que maravilhosa jaculatória, para que a repitas com freqüência!”
Invocando o Santíssimo Nome de Jesus, desaparecerão muitos obstáculos e ficaremos curados de tantas doenças da alma que frequentemente nos afligem. “Desejo que o vosso nome, ó Jesus, esteja sempre no fundo do meu coração e ao alcance das minhas mãos, a fim de que todos os meus afetos e todas as minhas ações se dirijam a Vós […]. No vosso nome, ó Jesus!, tenho o remédio para me corrigir das minhas más ações e para aperfeiçoar as defeituosas; um medicamento, também, para preservar da corrupção os meus afetos ou curá-los, se já estiverem corrompidos”.
As jaculatórias tornarão mais vivo o fogo do nosso amor ao Senhor e aumentarão o sentido da presença de Deus ao longo do nosso dia. Olhando para o Senhor, para Deus feito Menino por amor de nós, de coração agradecido e cheios de confiança repitamos hoje com Santa Faustina:
“Nome de Jesus, oh! como é grande o Vosso Nome, ó Senhor! Ele é o vigor da minha alma. Quando as forças me abandonam e as trevas invadem a minha alma, o Vosso Nome é o sol, cujos raios iluminam, mas também aquecem e, sob a influência do qual, a alma torna-se bela e brilhante, extraindo o esplendor do Vosso Nome.”
Abençoe-vos Deus todo poderoso. Pai, filho e Espírito Santo. Amém.
Meditação
- por Pe. Alexandre
Viemos adorá-lo… (Mt 2,1-12)
A solenidade litúrgica de hoje se chama “epifania”, palavra formado do verbo grego “phaino” [fazer brilhar, fazer aparecer] e do prefixo “epi” [por cima, sobre]. Isto é, aquilo que até então não se via, agora aparece visível os olhos dos homens. O mistério foi elucidado por iniciativa e graça de Deus.
E o que é que se vê? Uma criança na palha, sobre a manjedoura, adorada pelos magos do Oriente. Todos os povos – inclusive os “de fora”, os que não eram povo de Deus – se apresentam para adorar o Verbo feito carne.
Isto deveria causar admiração? São Bernardo de Claraval entende que sim:
“Que fazeis, ó magos, que fazeis? Vós adorais um recém-nascido que mama, em uma choupana vulgar, em panos vulgares! Seria ele Deus? Mas ‘Deus reside em seu templo santo; o Senhor tem seu trono nos céus!’ (Sl 11,4) E vós o buscais em um estábulo vulgar, no seio da mãe! Que fazeis? Que ouro é este que lhe ofereceis? Seria ele um rei? Mas onde está sua corte real? Onde está seu trono? Onde a multidão de seus cortesãos? Um estábulo seria um palácio? A manjedoura será um trono? Maria e José são a turba dos cortesãos? Como foi que os sábios se tornaram loucos, a ponto de adorarem uma criança desprezível, tanto por sua idade quanto pela pobreza dos seus?”
Esta seria a visão do mundo… Talvez ainda seja, quando torcem a cara para o Deus encarnado que em tudo se fez pequeno, humilde, marginalizado. O mundo prefere os superstars, os famosos, os poderosos, os que sobem ao pódio. Para os gregos de hoje (cf. 1Cor 1,23) o Filho de Deus permanece uma loucura…
São Bernardo prossegue: “De fato, eles se tornaram loucos! E assim se fizeram para se tornarem sábios! O Espírito lhes ensinou previamente aquilo que mais tarde o apóstolo proclamou: ‘Aquele que deseja ser sábio, torne-se louco para ser sábio. Como o mundo, com toda a sua sabedoria, não pôde reconhecer a Deus em sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação’ (1Cor 1,21)”.
Para os magos o estábulo não é sórdido, diz o Doutor Melífluo. As vestes pobres não o ofuscam. Um lactente não os choca. Eles se prosternam. Rendem-lhe homenagem como a um rei. Adoram-no como um Deus. “Seguramente, Aquele que os conduziu ali é o mesmo que os instruiu. E Aquele que os guiou do exterior pela estrela é o mesmo que os ensinou no segredo de seu coração.”
As trevas do mundo exigem lâmpadas noturnas, placas de neon, luzes cintilantes. Mas o mundo permanece na sombra. Só uma comunidade de adoradores poderá recuperar para o planeta sombrio a verdadeira Luz que se manifestou no Natal. Adoremos, pois…
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